Advisor | Rotenberg, Lúcia | |
Author | Arruda, Adenilda Teixeira | |
Access date | 2016-03-15T14:14:58Z | |
Available date | 2016-03-15T14:14:58Z | |
Document date | 2014 | |
Citation | ARRUDA, Adenilda Teixeira. Trabalho noturno e sofrimento mental em trabalhadores da saúde de dois hospitais em Manaus, AM. 2014. 163 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014. | pt_BR |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13141 | |
Abstract in Portuguese | Os estudos sobre o trabalho noturno revelam diferenças individuais quanto à tolerância ao horário de trabalho, de forma que alguns trabalhadores desenvolvem doenças, enquanto outros, não. No que se refere à saúde psíquica, são escassos os estudos brasileiros com
profissionais da saúde, principalmente em relação a equipes de médicos. O objetivo desta Tese foi investigar o sofrimento psíquico (transtornos mentais comuns e depressão) quanto a sua relação com o horário de trabalho em equipes de enfermagem e de médicos, considerando
diferenças individuais entre os trabalhadores. Foi realizado estudo epidemiológico de corte transversal com médicos e equipes de enfermagem de dois hospitais gerais de Manaus (AM), perfazendo um total de 432 trabalhadores (57,7% dos elegíveis). O questionário padronizado abordava aspectos sociodemográficos, do trabalho e da saúde, incluindo o Self Report Questionnaire (SRQ-20) e o Patient Health Questionnaire (PHQ-9) para rastreamento de transtornos mentais comuns (TMC) e depressão, respectivamente. Duas modalidades de
análise foram realizadas: (1) os grupos com atuação no trabalho noturno atualmente ou no passado (ex-noturnos) foram comparados àquele sem experiência no trabalho noturno e (2) considerando apenas os trabalhadores noturnos, aqueles que referiram o desejo de deixar os
plantões noturnos foram comparados aos que não manifestaram este desejo. O tratamento dos dados incluiu análises bivariadas (teste de qui-quadrado ou Fisher) e análises múltiplas através de regressão logística binomial. A adesão ao estudo foi menor entre os médicos e no hospital público, tendo variado entre 4,6% (médicos do hospital público) a 91,6% na equipe de enfermagem do hospital privado. Considerando as equipes de enfermagem e de médicos, o percentual de mulheres foi de 80,5% e de 30,4%, a idade média foi de 39,3 e de 41,5 anos, sendo a jornada media de 44,2 e 63,1 horas semanais, respectivamente. Em ambas as equipes, a maioria trabalhava em mais de um local e fazia plantões noturnos, sendo baixa a proporção de trabalhadores sem experiência prévia no trabalho noturno (14,4% e 5,4% nas equipes de enfermagem e de médicos). A prevalência de TMC foi de 25,5% e 17,9% nas equipes de enfermagem e de médicos; a prevalência de depressão foi de 13,1% e 8,9%, respectivamente. Embora sem significância estatística, na equipe de enfermagem, os trabalhadores noturnos e ex-noturnos apresentaram maior prevalência de sofrimento psíquico, comparados àqueles sem experiência no trabalho noturno, principalmente quanto à depressão, cuja chance aumentou em 50% e 82%, respectivamente. A chance de manifestar TMC na equipe de enfermagem que refere o desejo de deixar os plantões noturnos foi próxima ao dobro daquela relativa ao grupo
que não referia este desejo (OR=1,93; IC95% 0,95-3,90), com significância estatística no valor limítrofe. Os médicos não foram comparados quanto ao horário de trabalho em função da reduzida amostra sem experiência no trabalho noturno. Um percentual significativamente maior de médicos com TMC foi observado entre aqueles que desejavam deixar os plantões noturnos, comparado aos que não manifestavam este desejo (31% e 0%, respectivamente). Os resultados sugerem um possível efeito a longo prazo do trabalho noturno sobre a saúde psíquica, revelando a importância do histórico dos horários de trabalho na análise deste tema. O desejo de deixar o trabalho noturno, utilizado como proxy da satisfação com o horário de trabalho, permitiu distinguir, entre os trabalhadores noturnos, aqueles com maiores chances de manifestar transtornos mentais comuns, relevando diferenças individuais na tolerância ao trabalho noturno. O estudo contribui com reflexões sobre o tema no sentido de subsidiar propostas de melhorias no processo de trabalho destes profissionais, considerando tanto a saúde dos trabalhadores, como aspectos da qualidade da assistência prestada aos pacientes. | pt_BR |
Language | por | pt_BR |
Rights | open access | |
Subject in Portuguese | Trabalho Noturno | pt_BR |
Subject in Portuguese | Transtornos Mentais | pt_BR |
Subject in Portuguese | Depressão | pt_BR |
Subject in Portuguese | Estresse Psicológico | pt_BR |
Subject in Portuguese | Pessoal de saúde | pt_BR |
Title | Trabalho noturno e sofrimento mental em trabalhadores da saúde de dois hospitais em Manaus, AM | pt_BR |
Alternative title | Night work and mental suffering in two hospitals health workers in Manaus, AM | en_US |
Type | Thesis | |
Defense Institution | Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca | pt_BR |
Place of Defense | Rio de Janeiro/RJ | pt_BR |
Program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública | |
Program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública | pt_BR |
Abstract | Studies on night work reveal individual differences in tolerance to work schedules, so that some workers develop diseases, while others do not. With regard to mental health, there are few Brazilian studies with health professionals, especially in relation to physician teams. The aim of this thesis was to investigate the psychological distress (common mental disorders and depression) and their relationship with night work in a nursing staff and doctors, considering individual differences among workers. An epidemiological cross-sectional study was performed with physicians and nursing teams from two hospitals in Manaus, Amazonas,
Brazil (N=432 workers, 57.7% of the eligible group). A standardized questionnaire included questions regarding sociodemographic characteristics, work and health, including the Self Report Questionnaire (SRQ-20) and the Patient Health Questionnaire (PHQ-9) for screening
of common mental disorders (CMD) and depression, respectively. The data treatment included bivariate analyzes (chi-square and Fisher tests) and multivariate analyzes using binomial logistic regression. Two analysis procedures were performed: (1) workers engaged in night work currently and former night workers were compared to those without experience
in night work and (2) considering only night workers, those who mentioned the desire of leaving the night shifts were compared to those who did not. The adherence to the study was lower among physicians and in the public hospital, ranging between 4.1% (doctors at the
public hospital) and 91.6% in the nursing staff of the private hospital. Considering the nursing staff and the doctors, the percentage of women was 80.5% and 30.4%, mean age was 39.3 and 41.5 years, with 44.2 and 63.1 weekly work hours, respectively. In both teams, most worked
in more than one location and worked night shifts, with few workers without previous experience in night work (14.4% and 5.4% of the nursing staff and doctors). The prevalence of CMD was 25.5% and 17.9% in the nursing and in the medical staff; the prevalence of depression was 13.1% and 8.9%, respectively. Although not statistically significant, in the nursing team, night workers and former night workers had higher prevalence of psychological distress, compared to those without experience in night work, especially as regards depression whose chances increased in 50% and 82%, respectively. In the nursing team, the chance to express CMD in the group who refers to the desire to leave the night shifts was close to
double that of the group that did not report this desire (OR = 1.93; 95% CI 0.95 to 3.90) (threshold of statistical significance). Doctors have not been compared in terms of work schedule hours due to the reduced sample without experience in night work. A significantly higher percentage of physicians with CMD were observed between those who referred to the
desire to leave the night shifts, compared to those who did not manifest this desire (31% and 0%, respectively). The results suggest a possible long-term effect of night work on mental health, revealing the importance of the occupational history as regards work schedules in the analysis of this issue. The desire to leave the night work used as a proxy of satisfaction with their work schedule allowed distinguishing – among night-shift workers - those most likely to express common mental disorders, revealing individual differences in tolerance to night work.
The study contributes with reflections on the subject in order to subsidize proposals for improvements in the work process of these professionals, considering both their health, as well as aspects of quality of assistance provided to patients. | pt_BR |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | pt_BR |
Subject | Night Work | en_US |
Subject | Mental Disorder | en_US |
Subject | Depression | en_US |
Subject | Psychological Distress | en_US |
Subject | Health Professionals | en_US |
DeCS | Trabalho Noturno | pt_BR |
DeCS | Transtornos Mentais/psicologia | pt_BR |
DeCS | Depressão | pt_BR |
DeCS | Estresse Psicológico | pt_BR |
DeCS | Pessoal de Saúde | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 08 Trabalho decente e crescimento econômico | |