Author | Víctora, Ceres Gomes | |
Access date | 2017-01-27T18:35:39Z | |
Available date | 2017-01-27T18:35:39Z | |
Document date | 2011 | |
Citation | VÍCTORA, Ceres Gomes. Sofrimento social e a corporificação do mundo: contribuições a partir da Antropologia. RECIIS - Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 5, n. 4, p. 3-13, dez. 2011. | en_US |
ISSN | 1981-6278 | |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17376 | |
Abstract in Portuguese | O sofrimento, como um evento que acompanha o homem desde a sua mais remota existência, é um processo complexo e multifacetado debatido nas diferentes áreas de conhecimento. O presente artigo visa apresentar a contribuição da Antropologia para esse debate, voltando-se para a dimensão social da aflição, mais particularmente o que tem sido chamado de sofrimento social. Iniciando com uma exposição sobre os conceitos que se referem a problemas da saúde, sugere-se que o sofrimento é social não somente por ser causado por ou ocorrer em condições sociais específicas, mas porque, como um todo, é um processo social corporificado nos sujeitos históricos. A partir da exposição de um caso etnográfico de indígenas que vivem no Rio Grande do Sul, Brasil, discute-se três faces do sofrimento social: (1) as apropriações autorizadas ou contestadas do sofrimento coletivo; (2) a medicalização da vida; e (3) o sofrimento na relação com as políticas públicas. Para concluir, chamamos a atenção para a diferença entre o reconhecimento de um problema de saúde e de um processo de sofrimento social, sendo esse último caracterizado pela indissociabilidade das dimensões físicas, psicológicas, morais e sociais do mal estar. Ressaltamos que a contribuição da Antropologia está na disponibilização de ferramentas teóricas e metodológicas que nos permitam perguntar, de uma maneira comprometida com os sujeitos, sua história e situação social, como o sofrimento é produzido e reconhecido e quais as implicações éticas e políticas dos diferentes tipos de reconhecimento. | en_US |
Language | por | en_US |
Publisher | Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. | en_US |
Rights | open access | en_US |
Subject in Portuguese | Sofrimento social | en_US |
Subject in Portuguese | Corporificação | en_US |
Subject in Portuguese | Antropologia do corpo e da saúde | en_US |
Subject in Portuguese | Antropologia médica | en_US |
Subject in Portuguese | Populações indígenas | en_US |
Subject in Portuguese | Brasil | en_US |
Title | Sofrimento social e a corporificação do mundo: contribuições a partir da Antropologia | en_US |
Alternative title | Social suffering and the embodiment of the world: contributions from anthropology | en_US |
Type | Article | en_US |
DOI | 10.3395/reciis.v5i4.552pt | |
Abstract | Suffering, a complex and multifaceted process that has been debated across different areas of knowledge, is an experience that has accompanied man since his earliest existence. This article aims to introduce the contribution of anthropology to this debate, focusing on the social dimension of the affliction, which has been called, more specifically, social suffering. Starting with an exposition of concepts relating to health problems, it is suggested here that suffering is social, not just because it is caused by or occurs in specific social conditions, but because, as a whole, it is an embodied social process in historical subjects. The paper is based on an ethnographic case of the indigenous people of Rio Grande do Sul, in southern Brazil, and discusses three aspects of social suffering: (1) the authorized or contested appropriations of collective suffering, (2) the medicalization of life and (3) suffering in relation to public policies. Finally, the difference between the recognition of a health problem and a process of social suffering is highlighted, the latter being characterized by the inseparability of physical, psychological, moral and social dimensions of discomfort. It should be emphasized that the contributions of anthropology include the provision of theoretical and methodological tools that allow us to ask, by engaging with the subjects and considering their history and social situation, how suffering is produced and recognized and the political and ethical implications of these different types of recognition. | en_US |
Affilliation | Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Antropologia. Porto Alegre, RS, Brasil. | |
Subject | Social suffering | en_US |
Subject | Embodiment | en_US |
Subject | Anthropology of body and health | en_US |
Subject | Medical anthropology | en_US |
Subject | Indigenous populations | en_US |
Subject | Brazil | en_US |
e-ISSN | 1981-6278 | |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes | |