Orientador | Minayo Gomez, Carlos | pt_BR |
Autor | Kappaun, Nádia Roberta Chaves | |
Data de acesso | 2018-02-02T17:48:05Z | |
Data de disponibilização | 2018-02-02T17:48:05Z | |
Data do publicação | 2013 | |
Citação | KAPPAUN, Nádia Roberta Chaves. Assistência em cuidados paliativos: o trabalho em saúde no lidar com o processo de morrer. 2013. 71 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2013. | pt_BR |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24635 | |
Resumo | O cuidado paliativo moderno é um movimento que surgiu no sentido de superar
manifestações de destituição da autonomia do paciente em relação a decisões
referentes à sua vida e até mesmo à sua morte. Diz-se que esse movimento defende
um novo modelo de morte, a “boa morte”, em que ela ocorra sem dor nem angústia,
no local e na companhia de quem o paciente desejar. Esse cuidado implica em uma
peculiar relação entre equipe de saúde e pacientes, trazendo também a família para
participar ativamente das decisões e das ações de cuidado. Assim, a relação de
serviço nessa modalidade ganha centralidade, apontando para a importância de se
compreender esse processo de trabalho a partir dessa relação. Nesse sentido, este
estudo buscou analisar o trabalho em cuidados paliativos sob o ponto de vista das
relações que se estabelecem no cuidado ao paciente, particularmente quando se
tem que lidar com o processo de morrer. Constituiu-se em uma pesquisa qualitativa
com abordagem compreensiva, que utilizou observação participante e entrevistas
semiestruturadas com profissionais de saúde das diversas áreas de formação em
um hospital federal que oferece cuidados paliativos oncológicos. Observou-se que a
maioria absoluta de profissionais era do sexo feminino e não conhecia a proposta
dos cuidados paliativos quando começou a trabalhar na unidade, percorrendo uma
trajetória de identificação, mas também de questionamento quanto à atuação
profissional, tanto em relação aos conhecimentos da formação educacional como
aos próprios valores pessoais. As entrevistadas destacaram aspectos da
organização do trabalho e seu impacto na saúde, a atuação em equipe e a relação
com pacientes e familiares, enfatizando como característica mais marcante desse
trabalho o lidar constante com o sofrimento dos pacientes e das famílias. Porém, a
frequência com que ocorrem óbitos também traz elementos que determinam o
trabalho e mobilizam as trabalhadoras. Assim, é necessária uma relação
diferenciada entre profissional de saúde, pacientes e familiares, revelando-se como
o campo do qual emanam as principais questões vivenciadas pelas trabalhadoras;
quando vínculos são estabelecidos e surge a identificação, o compartilhamento do
sofrimento, mas também o conflito entre culturas, opiniões e decisões. Isso
influencia o processo de trabalho, onde há exigências, mas também reconhecimento
por parte dos usuários, gerando, paradoxalmente, desgaste e satisfação. Conclui-se
que o caráter de imprevisibilidade inerente ao trabalho em cuidados paliativos
aponta para a necessidade de se considerar a relação de serviço como elemento
importante para se desenvolver ações de promoção à saúde e prevenção de
agravos relacionados a esse trabalho. | pt_BR |
Idioma | por | pt_BR |
Direito Autoral | open access | pt_BR |
Palavras-chave | Cuidados Paliativos | |
Palavras-chave | Profissionais de Saúde | |
Palavras-chave | Saúde do Trabalhador | |
Palavras-chave | Paciente Terminal | |
Título | Assistência em cuidados paliativos: o trabalho em saúde no lidar com o processo de morrer | pt_BR |
Título alternativo | Assistance in palliative care: the health workforce in dealing with the dying process | pt_BR |
Tipo do documento | Dissertation | pt_BR |
Departamento | Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz. | pt_BR |
Instituição de defesa | Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. | pt_BR |
Local de defesa | Rio de Janeiro/RJ | pt_BR |
Programa | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública | |
Coorientador | Vasconcellos, Luiz Carlos Fadel de | pt_BR |
Resumo em Inglês | Palliative care is a modern movement that emerged in order to overcome
manifestations depriving the patients of their autonomy regarding decisions related to
their life and even death. This movement advocates a new model of death, the "good
death", which occurs with no fear or pain, in a place and with the company the patient
requires. This care involves a peculiar relationship between health staff and patients
as well as bringing the family to participate actively in decisions and act carefully.
Thus, the service relationship on this modality is central, pointing to the importance of
understanding this work process, from that relationship. Therefore, this study aimed
at examining the work in palliative care from the relationships established in patient
care, particularly when the workers have to deal with the dying process. It consisted
in a qualitative research with comprehensive approaches, which used participant
observation and semi-structured interviews with health professionals from different
areas in a national hospital of palliative cancer care. It was observed that most
professionals were female and not familiar with the palliative care proposal when
they started working on the unit, taking a trajectory of identification and questioning
about their professional practices, both in relation to knowledge of graduate as well
as to their own personal values. Interviewees highlighted aspects of the work
organization and its health impact, team work and relationship with patients and
families, emphasizing the constant suffering of patients and families as main feature
of this work. However, the frequency which they witness deaths also brings elements
that determine the work process and mobilize the workers. In this manner, it is
necessary a different relationship among health professionals, patients and families,
revealing the field from where key issues emanate from the workers, when links are
established, identification is build and suffering is shared, as well as conflict among
cultures, opinions and decisions. It influences the work process, where there are
requirements, but also recognition from users, resulting, paradoxically, in exhaustion
and satisfaction. We concluded that the character of unpredictability inherent in
hospice work points to the necessity of the service relationship as an important
element to develop actions towards health promotion and disease prevention related
to this work. | |
Afiliação | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | pt_BR |
Palavras-chave em inglês | Palliative Care | |
Palavras-chave em inglês | Health Professionals | |
Palavras-chave em inglês | Occupational Health | |
Palavras-chave em inglês | Terminally Ill | |
DeCS | Cuidados Paliativos/recursos humanos | pt_BR |
DeCS | Doente Terminal | pt_BR |
DeCS | Pessoal de Saúde | pt_BR |
DeCS | Saúde do Trabalhador | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 03 Saúde e Bem-Estar | |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 08 Trabalho decente e crescimento econômico | |