RADIS: Comunicação e Saúde, número 185, fevereiro

Abstract

O texto aborda os impactos da radicalização de um programa de governo focado no ajuste fiscal, destacando que isso resultará na redução da renda das populações mais vulneráveis, aumento do desemprego estrutural e trabalho precarizado, desmantelamento de direitos, criminalização da pobreza e desmonte das políticas sociais, especialmente nas áreas da saúde e educação. A proposta de austeridade, justificada pelo discurso da crise, é criticada por sua ênfase na oferta de serviços privados em detrimento do funcionamento do setor público. O relatório divulgado pelo Banco Mundial é mencionado como exemplo disso, sendo duramente criticado por simplificar questões complexas e priorizar o ajuste fiscal em detrimento da eficiência e equidade nos gastos públicos. Além disso, o texto destaca como a austeridade afeta diretamente a saúde pública, levando ao desinvestimento em políticas de prevenção e monitoramento, desmantelamento de equipes de saúde da família e fechamento de hospitais e centros de saúde. Isso contribui para o ressurgimento de doenças que eram combatidas no passado, como as transmitidas por vetores. No âmbito social, o texto também aborda a questão dos direitos das mulheres, destacando a importância de denunciar abusos e assédios sexuais em todas as esferas da sociedade, e a necessidade de uma mudança cultural que promova o respeito e a igualdade de gênero. Por fim, a revista conclui com a mensagem de que a austeridade mata, reforçando a ideia de que a saúde não pode ser precarizada em nome do ajuste fiscal.