RADIS: Comunicação e Saúde, número 198, março

Abstract

A matéria destaca o grave problema de saúde pública representado pelo trânsito no Brasil, que causa mais mortes do que várias doenças importantes, como doenças cardíacas, câncer de pulmão, HIV e diabetes mellitus em todo o mundo. Com cerca de 40 mil mortes por ano no Brasil devido à violência no trânsito, é a principal causa de morte entre os jovens brasileiros na faixa etária de 15 a 29 anos e a nona causa mais frequente de mortes globalmente. Os impactos do trânsito não se limitam apenas às mortes, mas também deixam muitas pessoas doentes, com incapacidades temporárias ou permanentes que exigem tratamento e cuidados de saúde. A matéria destaca o papel das organizações e profissionais que trabalham para salvar vidas e reabilitar os acidentados, bem como os enormes custos para o sistema de saúde pública. Os fatores principais por trás dessas tragédias são a velocidade excessiva nas cidades e a combinação de direção e uso de bebidas alcoólicas. A redução da velocidade média nas cidades e o foco nas pessoas são apontados como soluções importantes, juntamente com uma fiscalização mais rigorosa das leis de trânsito existentes e a implementação de políticas públicas que visem a redução de acidentes e danos às pessoas. Além disso, a matéria destaca a importância da Agroecologia, ressaltando o encontro entre agricultores, indígenas, caiçaras e pesquisadores que defendem e praticam a convergência entre saúde e preservação dos territórios, cultivo de alimentos saudáveis e valorização das culturas tradicionais. No entanto, o texto também menciona retrocessos preocupantes no país, como as medidas que dificultam o cumprimento da Lei de Acesso à Informação, facilitam o uso de armas de fogo e transferem para ministério controlado pelo agronegócio a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas, colocando em risco a preservação ambiental e a vida dos povos indígenas. O recente desastre em Brumadinho, causado pelo rompimento da barragem da Vale, é citado como exemplo dos impactos da mineração predatória e da falta de regulação adequada. A reflexão final com a citação de Lenine nos lembra da raridade da vida e da importância de agir com urgência para enfrentar os desafios que ameaçam a segurança e a saúde das pessoas.