Advisor | Alves, Luiz Anastacio | |
Author | Ferreira, Dinarte Neto Moreira | |
Access date | 2019-08-01T19:36:31Z | |
Available date | 2019-08-01T19:36:31Z | |
Document date | 2018 | |
Citation | FERREIRA, Dinarte Neto Moreira. Vias de permeabilização da membrana plasmática ativadas pelo ATP extracelular. 2018. 144 f. Tese (Doutorado em Biologia Celular e Molecular)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018. | |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34579 | |
Abstract in Portuguese | O ATP, encontrado em altas concentrações dentro das células, pode ser liberado para o meio extracelular através de vesículas, proteínas formadoras de canal ou devido ao comprometimento da membrana plasmática. Em tecidos inflamados e no microambiente tumoral sua concentração pode elevar cerca de 100 vezes em comparação a tecidos saudáveis. No meio extracelular, o ATP exerce a função de mensageiro e ativa receptores denominados receptores P2. Estes são subdivididos em P2Y, metabotrópicos associados a proteínas G, e P2X, formadores de canal catiônico não seletivo. A ativação do subtipo P2X7 (P2X7R) pelo ATP produz uma corrente não dessensibilizante, levando a despolarização da membrana plasmática e elevação do Ca++ intracelular. Contudo, quando exposto de maneira prolongada a altas concentrações de ATP (>300 uM) ocorre um progressivo aumento da permeabilidade da membrana plasmática a moléculas de alto peso molecular, como o Yo-Pro-1 e o iodeto de propídio. Existem duas possíveis explicações para esse fenômeno: o canal iônico entraria em um estado dilatado permitindo assim a passagem de moléculas de alto peso molecular ou sua ativação desencadearia sinais intracelulares que ativariam uma segunda proteína formadora de poro na membrana plasmática. Evidências recentes apontam que é possível que o próprio canal se dilate, contudo, o bloqueio gênico ou farmacológico da proteína formadora de poro panexina diminui a permeabilização de moléculas de alto peso molecular em alguns tipos celulares e sob certas condições experimentais. Assim, esse trabalho tem como objetivo investigar a capacidade de dilatação do canal do P2X7R. Para tanto, propomos que resíduos no segundo domínio transmembrana no receptor P2X7R (presumivelmente na luz do canal iônico) estariam acessíveis ao composto metanotiofulfonado MTSEA-Biotina Utilizamos mutagênese sítio dirigida para inserir um resíduo de cisteína na região transmembrana 2 do P2X7R (G345C), uma vez que esse resíduo possui a capacidade de se ligar covalentemente ao MTSEA-biotina e assim bloquear parte da permeabilização. Para esse fim, criamos um método de evidenciar a permeabilidade da membrana plasmática a moléculas de alto peso molecular, como o Yo-Pro-1 e o iodeto de propídio, em um leitor de placas. O método se mostrou reprodutível e possui passos de normalização dos resultados que permitem comparar corantes diferentes e evitar artefatos devidos a variações entre os poços. Além disso, o método usado nesse trabalho evita passos de lavagem do poço, uma possível problemática em certos tipos celulares. Adicionalmente foi criado um sistema de expressão heteróloga do P2X7R para ser aplicado nos ensaios com o mutante G345C e determinadas as melhores condições de expressão tanto pela atividade, quanto pela imunodetecção do P2X7R. Durante o desenvolvimento desse trabalho, foi observado que o tratamento com 5 mM de ATP aumenta a permeabilidade da membrana ao iodeto de propídio nas células HEK293T que não expressam o P2X7R. Quando essa célula é transfectada com o P2X7R a permeabilização aumenta cerca de duas vezes, sugerindo haver duas vias distintas: uma dependente e outra independente do P2X7R. A via independente do P2X7R também promove a abertura de um canal iônico e a permeabilidade da membrana plasmática ao iodeto de propídio pode ser bloqueada parcialmente com probenicida, um antagonista da panexina. A via dependente do P2X7R parece envolver a dilatação do canal, uma vez que nossos experimentos sugeriram a acessibilidade do resíduo G345C ao composto MTSEA-biotina. Contudo, ajustes no protocolo são necessários para se obter uma evidência mais clara quanto a acessibilidade desse resíduo. | pt_BR |
Language | por | pt_BR |
Rights | open access | |
Subject in Portuguese | Receptores Purinérgicos P2X7 | pt_BR |
Subject in Portuguese | Trifosfato de Adenosina | pt_BR |
Subject in Portuguese | Permeabilidade | pt_BR |
Title | Vias de permeabilização da membrana plasmática ativadas pelo ATP extracelular | pt_BR |
Type | Thesis | |
Defense date | 2018 | |
Departament | Instituto Oswaldo Cruz | |
Defense Institution | Fundação Oswaldo Cruz | |
Place of Defense | Rio de Janeiro/RJ | pt_BR |
Program | Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular | pt_BR |
Abstract | ATP molecule, found at high concentration within cells, can be released to extracellular milieu through: vesicles, membrane channels or due plasma membrane rupture. In inflammation tissues and tumors microenvironment, ATP concentration can change 100-fold in comparison to health tissues. At extracellular environment, ATP acts as a chemical messenger leading to the activation of membrane proteins known as P2 receptors. There are two classes of P2 receptors: metabotropic P2Y receptors or ionotropic P2X receptors. P2X7 subtype opens a non-desensitized cationic channel, when activated by ATP, leading to plasma membrane depolarization and intracellular calcium increase. However, prolonged exposition to high ATP concentrations leads to progressive increase in membrane permeability to large weight molecules such as propidium iodide and Yo-Pro-1. There are two major explanations to this phenomenon: P2X7 ion channel dilates by itself, allowing the entrance of high weight molecules or P2X7 activation triggers intracellular signalization acting on another pore forming protein on plasma membrane. Recent evidence shed light on the possibility to P2X7 ion channel dilation, however, pharmacological or genetic block of pannexin (a pore forming protein) decrease membrane permeability to large weight molecules on specific cell types and under certain experimental conditions. In this way, our work aim to investigate the possibility of P2X7 channel dilation by itself. We propose that residues in the second transmembrane domain (presumably at the channel lumen) could be accessible to high weight methanethiosulfonate compound MTSEA-Biotin. So, we use site-directed-mutagenesis to create the single mutant G345C, once cysteine residues could bind covalently to MTS-biotin and it can block (at least in part) ATP-induced membrane permeabilization To this end, we created a method to access plasma membrane permeabilization to fluorescent dyes, such as Yo-Pro1 and propidium iodide, on a plate reader. The method presented here showed good reproducibility and has normalization steps that allow comparison among different dyes and avoid artifacts due variations among different wells. Moreover, the method used in this work avoids washing steps which could be problem to certain cell types. In addition, we created a heterologous expression system for P2X7 receptor on HEK293T cells, in order to express WT and G345C mutants during accessibility experiments. In this way we established the best condition to P2X7 heterologous expression either by P2X7 permeabilization activity or immunodetection. During the course of this work, we observed that 5mM ATP treatment on HEK293T cell, that do not express P2X7 receptor, results on plasma membrane permeabilization to propidium iodide. When HEK293T cells presents P2X7 receptor heterologously expressed and is challenged with 5mM of ATP, the permeabilization increased about two fold in comparison with non-transfected HEK293T cells, indicating at least two different pathways for plasma membrane permeabilization: a P2X7-dependent and a P2X7-independent pathway. The last one is associated to an ion channel e and can be partially blocked by probenecid treatment, a pannexin antagonist. The P2X7 dependent pathway seems to involve P2X7 channel dilation, since our results suggests that G345C residue is accessible to MTS-Biotin, once its treatment blocks part of permeabilization induced by ATP. However, adjusts on protocol are necessary to obtain a clear picture of this residue accessibility. | pt_BR |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | |
Member of the board | Almeida, Vinícius Cotta de | |
Member of the board | Lenz, Guido | |
Member of the board | Reis, Ricardo Augusto de Mello | |
DeCS | Membrana Celular | pt_BR |
DeCS | Trifosfato de Adenosina | pt_BR |