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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34634
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ESTUDO DA AÇÃO DO COMPOSTO AGATISFLAVONA, UM FLAVONOIDE DERIVADO DE ANACARDIUM OCCIDENTALE L., SOBRE A REPLICAÇÃO DO VÍRUS INFLUENZA
Freitas, Caroline Souza de | Data do documento:
2018
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Infecções causadas pelos vírus influenza estão associadas com um alto grau de morbidade, que pode levar a óbito. Devido à alta variabilidade genética desses vírus, a produção de uma vacina que seja efetiva contra todas as cepas circulantes é dificultada, sendo assim o tratamento e, em alguns casos, profilaxia são realizados através do uso de antivirais. Os inibidores de neuraminidase constituem a única classe de antivirais aprovada para utilização pelo FDA, contudo, cerca de 1-3% das cepas circulantes no mundo, atualmente, apresentam mutação de resistência ao medicamento mais usado na clínica, o oseltamivir (OST), o que torna necessária a busca por outras moléculas que inibam essas cepas. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade e mecanismo de inibição do vírus influenza, da agatisflavona, um flavonoide derivado de Anacardium occidentale L. (cajueiro). Através de ensaios de viabilidade celular, observamos que o nosso composto apresentou um CC50 de 349 \03BCM, sendo considerado pouco citotóxico Ensaios de inibição da replicação in vitro possibilitaram o cálculo do EC50 (1,3 \03BCM) e do índice de seletividade (205.3), assim, concluímos que o nosso composto é seguro para utilização in vitro devido à margem entre os valores de CC50 e EC50. Avaliamos a capacidade de inibição da atividade da neuraminidase (NA) e verificamos que a nossa molécula inibe cepas sensíveis e resistentes ao OST, o que motivou o aprofundamento no estudo da mesma. Através de ensaio in silico constatamos que a agatisflavona não se liga no mesmo sítio da NA que o OST, além de realizar essa ligação com certa espontaneidade e estabelecendo diversos tipos de interações com os resíduos de aminoácidos das isoformas de NA testadas. Por fim, após passagens sequenciais do vírus na presença da molécula, observamos na cepa gerada algumas mutações de resistência à agatisflavona, contudo estas parecem ser reversíveis. Nosso composto também foi capaz de diminuir os efeitos da infecção in vivo. Esses dados sugerem que a molécula apresenta uma estrutura promissora para o desenvolvimento de um possível antiviral.
Resumo em Inglês
Infections caused by influenza viruses are associated with a high degree of morbidity, which can lead to death. Due to the high genetic variability of these viruses, the production of a vaccine that is effective against all circulating strains is difficult, so the treatment and, in some cases, prophylaxis are performed using antivirals. Neuraminidase inhibitors are the only class of antivirals approved for use by the FDA, however, approximately 1-3% of circulating strains worldwide currently have resistance mutations to the most commonly used drug in the clinic, oseltamivir (OST), which makes it necessary to search for other molecules that inhibit these strains. Therefore, this dissertation aimed to evaluate the capacity and mechanism of inhibition of the influenza virus, agathisflavone, a flavonoid derived from Anacardium occidentale L. (cashew tree). Through cell viability assays, we found that our compound had a CC50 of 349 \03BCM and was not considered cytotoxic In vitro replication inhibition assays enabled the calculation of EC50 (1.3 \03BCM) and selectivity index (205.3), thus, we concluded that our compound is safe for in vitro use because of the margin between the CC50 and EC50 values. We evaluated the inhibition capacity of neuraminidase (NA) activity and verified that our molecule inhibits sensitive and resistant strains to OST, which motivated the deepening in the study of agathisflavone. An in silico assay showed that agathisflavone does not bind to the same site of NA as the OST, in addition to making this binding with a certain spontaneity and establishing several types of interactions with the amino acid residues of the NA isoforms tested. Finally, after sequential passages of the virus with addition of our compound, we observed in the generated strain some mutations of resistance to agathisflavone, however these appear to be reversible. In addition, our compound was able to diminish the effects of infection in vivo. These data suggest that the molecule has a promising structure for the development of a possible antiviral.
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