RADIS: Comunicação e Saúde, número 209, fevereiro

Abstract

A última edição da Radis aborda o uso de psicodélicos na medicina, um assunto polêmico que tem gerado bastante discussão devido às implicações ideológicas e culturais envolvidas. O neurocientista Sidarta Ribeiro, entrevistado pelo repórter Luiz Felipe Stevanim, propõe um "renascimento psicodélico" ao avaliar os potenciais benefícios dessas substâncias para a saúde. No Brasil, o debate sobre o uso medicinal da Cannabis (maconha) reflete uma batalha entre ciência e preconceito. Centenas de famílias de pacientes com diversas síndromes lutam pela autorização do uso da Cannabis, embora tenham obtido apenas uma vitória parcial com a recente liberação pela Anvisa. Ainda assim, o cultivo da planta permanece proibido, o que obriga muitas famílias a importar o produto a custos elevados. A liberação de substâncias psicoativas para uso medicinal enfrenta resistência de interesses comerciais e paradigmas culturais arraigados. No entanto, é necessário administrar essas substâncias com cuidado para minimizar efeitos colaterais e garantir sua eficácia. A carta resultante do 7º Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos destaca a importância do uso consciente de medicamentos e os riscos da automedicação. No entanto, o sistema de saúde brasileiro ainda enfrenta desafios, como a falta de acesso a medicamentos essenciais e a pressão da indústria farmacêutica. O desastre do derramamento de óleo no litoral brasileiro também é abordado, destacando seus impactos na vida marinha e nas comunidades costeiras. No entanto, a identificação dos responsáveis por esse crime ambiental ainda é incerta. Por fim, a edição ressalta a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) na vida dos brasileiros, mesmo diante das desigualdades sociais existentes. Garantir um sistema de saúde público, igualitário e acessível para todos continua sendo um desafio que requer o engajamento de toda a sociedade.