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ArtigoDireito Autoral
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- ENSP - Artigos de Periódicos [2237]
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A CURA DA AIDS ESTÁ PRÓXIMA?
Programa RADIS de Comunicação e Saúde | Data do documento:
2020
Autor(es)
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
A notícia de que a equipe de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), liderados pelo infectologista Ricardo Diaz, teria conseguido pela primeira vez eliminar o HIV do organismo de um paciente soropositivo por meio de medicamentos, repercutiu na 23ª Conferência Internacional de Aids, que aconteceu virtualmente entre 6 e 10 de julho de 2020. O chamado “paciente de São Paulo” é um brasileiro de 34 anos, diagnosticado com o vírus em 2012, e estaria com o vírus indetectável no organismo há mais de 17 meses. Ele seria a primeira pessoa no mundo a apresentar a remissão do vírus por um longo prazo, depois de tomar um coquetel intensificado de vários remédios contra a aids – há outros casos registrados, mas de pacientes que foram submetidos a transplantes de medula óssea. A descoberta, embora inédita, vem sendo vista com cautela por especialistas, que ponderam que os avanços não significam que se encontrou a cura para a aids. “Ainda não sabemos se ele está curado. Vamos refazer a pesquisa, usando os medicamentos que observamos que funcionaram melhor, e com um novo grupo de pacientes”, advertiu o próprio Ricardo Díaz, que é diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Unifesp, em entrevista à Agência de Notícias da Aids (12/7). Por outro lado, ativistas também questionam sobre o acesso universal aos tratamentos, já que um terço das 38 milhões de pessoas que vivem com HIV no mundo (cerca de 12,6 milhões de pessoas) não tinham acesso ao tratamento capaz de salvar vidas em 2019. De todo modo, a notícia também é vista como promissora, já que aponta para caminhos de pesquisa possíveis em direção ao horizonte da cura e por reforçar a importância da manutenção de pesquisas na área. Destaque na imprensa no mês de julho, Radis quis saber a opinião de ativistas, gestores e especialistas sobre o assunto, para quem dirigiu a mesma pergunta: O que significa a divulgação da remissão do vírus HIV no paciente de São Paulo?
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