Advisor | Paes, Rodrigo de Almeida | |
Advisor | Carvalho, Maria Helena Galdino Figueiredo de | |
Author | Ramos, Mariana Lucy Mesquita | |
Access date | 2021-08-11T17:00:48Z | |
Available date | 2021-08-11T17:00:48Z | |
Document date | 2019 | |
Citation | RAMOS, Mariana Lucy Mesquita. Análise comparativa de fatores associados à virulência de isolados clínicos de Microsporum canis de origem humana e animal. 2019. 77 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019. | pt_BR |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48575 | |
Abstract in Portuguese | Microsporum canis é um dermatófito zoofílico, sendo o fungo mais frequentemente isolado de cães e gatos. A transmissão de M. canis é feita diretamente por animais contaminados ou por fômites contaminadas por eles. Podem também ser encontrado no solo na forma saprotrófica, utilizando a queratina presente neste habitat. Durante o processo de invasão, esses patógenos utilizam diferentes enzimas, apontadas como fatores associados à virulência, que contribuem para a patogenicidade deste agente, sendo a queratinase uma das mais importantes. Uma vez que o número de animais de estimação vem aumentando progressivamente nos domicílios brasileiros, é necessário ampliar o conhecimento sobre as doenças decorrentes da interação entre humanos e animais domésticos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi comparar a expressão de enzimas associadas à virulência e a termotolerância de cepas de M. canis isoladas de animais (cães e gatos) e humanos. Foram incluídos neste estudo 12 cães sintomáticos, 15 gatos sintomáticos, 11 gatos assintomáticos e 14 pacientes humanos, todos com isolamento de M. canis em cultivo de material de lesões ou dos pelos saudáveis, no caso dos gatos assintomáticos. Foram analisadas as produções das enzimas catalase, urease, queratinase, hemolisina e aspártico-protease de todas as cepas de M. canis obtidas no estudo através de métodos in vitro descritos na literatura. Além disso, a termotolerância foi avaliada através de análise comparativa do crescimento das cepas a 25ºC e a 35ºC. Os resultados obtidos nos diferentes grupos foram comparados através de testes não paramétricos. Em relação à produção de queratinase e hemolisina, a maior parte dos isolados apresentou baixa atividade enzimática, sendo alguns classificados como moderados e nenhum dos isolados apresentou alta atividade enzimática. Em relação à produção de aspártico-protease, a maior parte dos isolados analisados se mostrou como moderados produtores desta enzima, sendo poucos classificados como fracos ou fortes produtores. Em relação à produção da enzima urease, os isolados apresentaram atividade enzimática variando de negativa, fraca, média a forte entre os quatro grupos estudados. Todos os isolados apresentaram atividade enzimática para catalase, porém todos foram classificados como baixos produtores desta enzima. Quanto à termotolerância, todos os isolados apresentaram crescimento em cultura nas duas temperaturas estudadas (25ºC e 35ºC) e puderam ser classificados como possuindo baixa, média ou alta termotolerância, sendo a maioria dos isolados classificados nas duas últimas categorias. A expressão global dos fatores estudados variou entre os isolados e os diferentes grupos de hospedeiros. De modo geral, o fator associado à virulência mais expressivo foi a termotolerância, seguido da produção de aspártico-proteases. Não foi verificada diferença estatisticamente significativa dos fatores associados à virulência estudados entre os quatro grupos de hospedeiros (p>0,05) nem entre cepas isoladas de gatos sintomáticos e assintomáticos. Concluímos que os fatores associados à virulência estudados não estão associados à instalação do M. canis de animais para humanos, nem na sintomatologia apresentada por gatos infectados por este fungo dermatófito. | pt_BR |
Language | por | pt_BR |
Rights | open access | pt_BR |
Subject in Portuguese | Tinha | pt_BR |
Subject in Portuguese | Microsporum | pt_BR |
Subject in Portuguese | Virulência | pt_BR |
Title | Análise comparativa de fatores associados à virulência de isolados clínicos de Microsporum canis de origem humana e animal | pt_BR |
Type | Dissertation | pt_BR |
Defense date | 2019 | |
Departament | Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas | pt_BR |
Defense Institution | Fundação Oswaldo Cruz | pt_BR |
Place of Defense | Rio de Janeiro | pt_BR |
Program | Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas | pt_BR |
Abstract | Microsporum canis is a zoophilic dermatophyte, being the most common fungus isolated in dogs and cats. The transmission of M. canis is done directly by contaminated animals or fomites contaminated by them, and it can be found also in soil in the saprotrophic form, using the keratin present in this habitat. During the invasion process, these pathogens use different enzymes, indicated as factors associated with virulence, that contribute to the pathogenicity of this agent, being keratinase one of the most important. Since the number of animals has been increasing in Brazilian houses, it is necessary to enlarge the knowledge about the diseases coming from the interaction between humans and domestic animals. Thus, the aim of this study is to compare the expression of enzymes associated with virulence and thermotolerance of M. canis strains isolated from animals (dogs and cats) and humans. It included 12 symptomatic dogs, 15 symptomatic cats, 11 asymptomatic cats and 14 human patients, all with M. canis isolation in culture of skin lesions or healthy fur, in case of asymptomatic cats. The production of the enzymes catalase, urease, keratinase, hemolysin and aspartic protease by all strains of M. canis was analyzed by in vitro methodos described in the literature. In addition, thermotolerance was assessed by comparative analysis of the growth of the strains at 25 ° C and at 35 ° C. The results obtained in the different groups were compared through non-parametric tests. Regarding the production of keratinase and hemolysin, most of the isolates showed low enzymatic activity, some of them were classified as moderate and none of the isolates presented high enzymatic activity. In relation to the production of aspartic protease, most of the isolates analyzed were moderate producers of this enzyme, being few classified as weak or strong producers. Regarding the production of the urease enzyme, the isolates presented enzymatic activity ranging from negative, weak, medium to strong among the four groups studied. All the isolates presented enzymatic activity for catalase, but all were classified as low producers of this enzyme. Regarding thermotolerance, all the isolates presented growth in the culture of the two temperatures studied (25ºC and 35ºC) and could be classified as having low, medium or high thermotolerance, with the majority of isolates classified in the last two categories. The global expression of the factors studied varied between the isolates and the different groups of hosts. In general, the virulence factor most expressive was thermotolerance, followed by the production of aspartic proteases. There was no statistically significant difference in virulenceassociated factors among the four groups of hosts (p>0.05) or between strains isolated from symptomatic and asymptomatic cats. We conclude that the virulence factors studied are not associated to the installation of M. canis from animals to humans, nor in the symptoms presented by cats infected with this dermatophyte fungus. | pt_BR |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | pt_BR |
DeCS | Tinha | pt_BR |
DeCS | Microsporum | pt_BR |
DeCS | Virulência | pt_BR |