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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53534
O ESPÍRITO É A EXPRESSÃO DO CORPO: HOLISMO MÉDICO, CONSTITUCIONALISMO E PSIQUIATRIA NO BRASIL (1920-1940)
Constitucionalismo
Clínica
Psiquiatria
Circulação de Conhecimentos.
Beraldo, Renilson | Date Issued:
2021
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Esta tese analisa o problema da relação mente-corpo a partir do exame do holismo como um tipo de olhar que permeou a medicina brasileira nas primeiras décadas do século XX. O holismo médico pautou-se na totalização do organismo, na crítica à sua fragmentação, associado à atualização de concepções hipocráticas no âmbito da medicina oficial. Partindo de fontes periódicas, livros e manuais de medicina, apresento o holismo como um estilo de raciocínio médico no qual circulou o constitucionalismo entre as décadas de 1920-1940. Investigo, em primeiro lugar, discursos sobre a fragmentação da medicina e do organismo em um contexto de debates sobre as atribuições do laboratório e da clínica em meados da década de 1920. Na contraposição e conciliação entre abordagens analíticas (fragmentação) e sintéticas (unidade), a participação de médicos provenientes da Clínica Médica e da Patologia Geral foi proficuamente observada focando seus objetos de interesse, como o Sistema Nervoso Vegetativo. A este respeito, destaco os trabalhos de atores como Clementino Fraga, Antonio de Almeida Prado, Juvenil da Rocha Vaz, Waldemar Berardinelli e Francisco Pinheiro Guimarães. Estes médicos colaboraram na produção de conhecimento sobre o organismo visto como unidade e, nesta produção, o constitucionalismo figurou como um artifício viável para tornar efetiva tal unidade. Pressupondo também a unidade da própria medicina decorrente de tais discussões, em segundo lugar, investigo a expressão do constitucionalismo na psiquiatria espanhola e brasileira por meio do intercâmbio de temas, conceitos e objetos em comum com a medicina geral
Abstract
This thesis analyzes the mind-body problem from an examination of holism as a kind of look that permeated Brazilian medicine in the first decades of the 20th century. Medical holism was based on the totalization of the organism, on the criticism of its fragmentation, associated with the updating of Hippocratic conceptions in the scope of official medicine. Drawing from periodical sources, medical and text books, I present holism as a style of medical reasoning in which constitutionalism circulated between the 1920s-1940s. I first investigate discourses about the fragmentation of medicine and the body in a context of debates about the attributions of the laboratory and the clinic in the mid-1920s. In the counterpoint and reconciliation between analytical (fragmentation) and synthetic (unity) approaches, the participation of physicians from Internal Medicine and General Pathology was proficiently observed focusing on their objects of interest, such as the Vegetative Nervous System. In this respect, I highlight the work of actors such as Clementino Fraga, Antonio de Almeida Prado, Juvenil da Rocha Vaz, Waldemar Berardinelli and Francisco Pinheiro Guimarães. These doctors collaborated in the production of knowledge about the organism seen as a unity and, in this production, constitutionalism figured as a viable artifice to make such unity effective. Assuming also the unity of medicine itself arising from such discussions, secondly, I investigate the expression of constitutionalism in Spanish and Brazilian psychiatry through the exchange of themes, concepts, and objects in common with general medicine
Keywords in Portuguese
Holismo MédicoConstitucionalismo
Clínica
Psiquiatria
Circulação de Conhecimentos.
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