Ciência, ética e relações internacionais: Waldemiro Pires e as experiências em torno da malarioterapia (1926-1943)

Abstract

O objeto de estudo da presente comunicação, sobre o qual também desenvolvo a minha dissertação de mestrado, consiste na aplicação da técnica denominada malarioterapia no Hospício Nacional de Alienados (HNA) e no Hospital Gaffrée e Guinle (HGG), durante os anos de 1926, quando a técnica da malarioterapia foi inserida primeiramente no HNA (Pires, 1926, Roxo, 1921), e 1943, quando a fábrica-piloto do Instituto Oswaldo Cruz passou a produzir volume considerável de penicilina (Cardoso et al., 1945; Gastal et al, 1999). Neste trabalho me proponho a fazer uma apresentação mais geral do tema, incluindo algumas das principais discussões que derivam dele e a trajetória de um dos maiores idealizadores da malarioterapia no Rio de Janeiro, o Dr. Waldemiro Pires. Como fontes, utilizarei o periódico “Archivos Brasileiros de Neuriatria e Psychiatria”, entre os anos de 1926 e 1936, e o livro publicado por Pires, em 1934, que se intitula “Malarioterapia”.