Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59372
Tipo
DisertaciónDerechos de autor
Acceso abierto
Colecciones
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítem
MACONHA E CANNABIS NA IMPRENSA: UM ESTUDO SOBRE A COBERTURA DA FOLHA DE S. PAULO
Gigliotti, Marcelo | Fecha del documento:
2022
Autor
Orientador
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
O presente trabalho consiste na análise da cobertura do jornal Folha de S.Paulo sobre questões relacionadas à maconha no Brasil. O objetivo do estudo foi identificar e ranquear as principais características da cobertura - como enquadramentos da notícia, tipos de uso da maconha abordados nas matérias jornalísticas, fontes de informação presentes no noticiário e nomenclatura utilizada para designar a maconha - para analisar aspectos de como a sociedade brasileira,ou parte dela, lida com o tema, partindo do princípio de que o jornalismo reflete e participa de uma dinâmica social na qual diferentes atores sociais defendem pontos de vista, direitos e interesses. A análise, com abordagem quali-quantitativa, foi feita sobre uma amostra de 220 matérias coletadas no site da Folha e publicadas entre 11 de setembro de 2019 e 11 de setembro de 2020, no período de um ano corrido. Os resultados apontam que o enquadramento em políticas públicas é o mais frequente no noticiário. Essas políticas são voltadas principalmente para o uso medicinal e comercial, enquanto discussões sobre políticas para uso recreativo sofrem um apagamento e têm pouco espaço no noticiário. Em relação à nomenclatura, o termo “cannabis”, que vem do nome científico da planta, predomina sobre a palavra “maconha”, sendo usado principalmente em matérias sobre saúde e negócios. Chama também atenção o fato de representantes do mercado serem a categoria de fontes de informação presente no maior número de textos. A consideração final do trabalho é que, pelas lentes da Folha, a ciência ressignificou e rebatizou a maconha como cannabis, a partir da redescoberta das propriedades medicinais e do crescente uso medicinal. Setores da sociedade cobram este uso e o Estado o legitima - mas mantendo controle. A aceitação do uso medicinal da, agora cannabis, se reflete no mercado, que incorpora causas como a questão do plantio em solo brasileiro. A aceitação da maconha, porém, é parcial, só para uso medicinal, permanecendo o estigma sobre o uso recreativo e seus usuários.
Resumen en ingles
The present work consists of an analysis of the coverage of the newspaper Folha de S.Paulo on issues related to maconha (marijuana) in Brazil. The objective of the study was to identify and rank the main characteristics of the coverage - such as framing of the news, types of maconha use addressed in the news stories, sources of information present in the news, and nomenclature used to designate maconha - in order to analyze aspects of how Brazilian society, or part of it, deals with the theme, based on the principle that journalism reflects and participates in a social dynamic in which different social actors defend points of view, rights, and interests. The analysis, with a quali-quantitative approach, was carried out on a sample of 220 stories collected from Folha's website and published between September 11, 2019, and September 11, 2020, in the period of a running year. The results point out that the framing on public policies is the most frequent in the news. These policies are mainly focused on medicinal and commercial use, while discussions on policies for recreational use suffer an erasure and have little space in the news. Regarding nomenclature, the term "cannabis", which comes from the scientific name of the plant, predominates over the word "maconha", being used mainlyin articles about health and business. It also draws attention to the fact that representatives of the market are the category of information sources present in the largest number of texts. The final consideration of this work is that, through the lenses of Folha, science has re-signified and renamed maconha as cannabis, based on the rediscovery of its medicinal properties and the growing medicinal use. Sectors of society demand this use and the state legitimizes it - but maintaining control. The acceptance of the medicinal use of cannabis is reflected in the market, which incorporates causes such as the issue of planting in Brazilian soil. The acceptance of maconha, however, is partial, only for medicinal use, and the stigma remains on recreational use and its users.
Compartir