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Mostrar el registro completo del ítem“Foi normal, não foi forçado!” versus “Fui abusada sexualmente”: uma interpretação dos discursos de agressores sexuais, das suas vítimas e de testemunhas
“IT WAS NORMAL, IT WAS NOT FORCED!” VERSUS “I WAS SEXUALLY ABUSED”: AN INTERPRETATION OF THE DISCOURSES OF SEX OFFENDERS, THEIR VICTIMS AND WITNESSES
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva. Salvador, BA, Brasil
Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva. Salvador, BA, Brasil
Resumen en portugues
Os crimes sexuais contra crianças e adolescentes
são uma forma de violência física que constitui uma
preocupação no campo da Saúde Pública. Compreender estes
crimes torna-se crucial para se poder intervir na sua prevenção
e fundamentar o seu conhecimento para as políticas de saúde.
Oartigo analisa as versões do crime sexual, comparando o
discurso dos agressores com os depoimentos das vítimas e
dos familiares registados em documento judicial. Estudo de
natureza qualitativa, utilizando como técnicas de formação do
corpus da pesquisa a entrevista individual com réus condenados
ao regime de perda de liberdade e a análise documental das
sentenças dos agressores sexuais de crianças e adolescentes. A
reconstrução do delito sexual por parte dos reclusos, das vítimas
e das testemunhas difere muito. Alguns dos agressores admitem
o ato sexual criminoso, mas suas justificativas vão no sentido
de eximir-se da responsabilidade alegando o consentimento da
vítima; outros consideram seu crime uma acusação mentirosa
elaborada por terceiros com o propósito de prejudicá-lo. As
crenças partilhadas entre eles fazem com que minimizem seus
comportamentos delituosos, declarando que o abuso sexual
não tenha sido forçado, ou realizado mediante ameaças, nem
traga sequelas físicas e psicológicas às vítimas. Os argumentos
apresentados frequentemente pelos agressores expõem uma
troca de papéis, passando do lugar de agressor ao da vítima.
Esses agressores igualmente não reconhecem o fato de as
vítimas ficarem com sequelas resultantes da violência sexual que
poderão colocar seu futuro em causa.
Resumen en ingles
Sexual crimes against children are a form of physical
violence that is a concern in the field of Public Health.
Understanding these crimes becomes crucial to be able
to intervene in their prevention and foster knowledge
on which to ground health policies. The article analyzes
versions of sexual crime, comparing the speech of the
attackers with the testimonies of victims and family
members recorded in court document. It is a qualitative
study, using techniques such as individual interviews
with defendants sentenced to prison, as well as court
documents pertaining to the sex crime against children
and adolescents. The reconstruction of the sexual offense
on the part of inmates, victims and witnesses differ
much. Some of the attackers admit the sex offense, but
their justifications go towards shirk responsibility by
claiming the victim’s consent; others consider his crime
an elaborated lie concocted by third parties in order to
cause harm. The shared beliefs between them make them
minimize their criminal conduct, declaring that sexual
abuse has not been forced under threats or that it brought
physical and psychological effects on victims. The
arguments presented by the sexual offenders often expose
an exchange of roles; the attacker becomes the victim.
These sexual offenders also do not recognize the fact that
the victims are left with injuries resulting from sexual
violence that may put their future in question.
Palabras clave en portugues
Agressores sexuais de crianças e adolescentesVitimização
Crenças Sociais
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