Boticários e farmacêuticos dos municípios da província do Rio de Janeiro (1850-1885)

Abstract

Este trabalho analisa a inserção de boticários e farmacêuticos dos municípios da província do Rio de Janeiro no universo político das localidades em que atuavam, buscando identificar e analisar suas redes de sociabilidade e capital social, levando em consideração a história do grupo familiar e as práticas políticas e farmacêuticas desenvolvidas, a partir, sobretudo, do Almanak Laemmert entre os anos de 1850 e 1880. Procurando entender esta inserção, levamos em consideração às práticas farmacêuticas desenvolvidas e a história do grupo familiar. Destacamos além da vida do farmacêutico Francisco Dias Pinto de Figueiredo e do boticário José Manoel de Santa Rita, outros agentes ligados ao ofício farmacêutico que nas localidades onde atuavam, tinham algum envolvimento político e status social. O trabalho dividido em 4 partes privilegia no primeiro capítulo, as regiões da província e suas especificidades, destacando o fortalecimento da região norte devido à produção açucareira, a expansão da cultura do café para o leste em direção a São Paulo e a importância da parte oeste do Recôncavo da Guanabara como um importante centro de circulação de pessoas e mercadorias. No segundo capítulo contextualizamos a história da farmácia e as lutas pela consolidação da profissão. No terceiro capítulo, discutimos a partir do levantamento realizado no Almanak Laemmert a mobilidade dos boticários pelos municípios da Província do Rio de Janeiro e as inserções políticas destes agentes nestas localidades e no quarto capítulo, analisamos, a partir das histórias do boticário José Manoel de Santa Rita e do farmacêutico Francisco Dias Pinto de Figueiredo, suas inserções políticas e atuações nas localidades em que estavam inseridos.