Advisor | Brito, Claudia | |
Author | Muniz, Carolina Gonçalves | |
Access date | 2024-07-11T17:27:26Z | |
Available date | 2024-07-11T17:27:26Z | |
Document date | 2022 | |
Citation | MUNIZ, Carolina Gonçalves. O que representa o diagnóstico de HIV/Aids após quatro décadas de epidemia? uma análise da perspectiva de pacientes e profissionais de saúde. 2022. 103 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022. | en_US |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/64939 | |
Abstract in Portuguese | O HIV/Aids foi descoberto há mais de 40 anos e avanços importantes quanto à qualidade de vida, sobrevida e direitos dos pacientes foram conquistados. Contudo, esses fatos foram suficientes para mudar a representação diagnóstica e superar o medo de sofrer preconceitos, em decorrência dos estigmas inicialmente relacionados com a doença? Como é receber e viver com diagnóstico de HIV/Aids após quatro décadas da epidemia? Esta pesquisa objetivou analisar as representações sobre o diagnóstico de HIV/Aids, pela perspectiva de profissionais de saúde e pessoas que vivem com HIV/Aids, após quatro décadas de epidemia. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas com 14 pacientes e 15 profissionais de saúde que atuam no cuidado do HIV/Aids. Utilizou-se a perspectiva fenomenológica para análise e as principais categorias elencadas estavam relacionadas às representações do diagnóstico e aos estigmas do HIV/Aids. De forma geral, as representações evocavam pessimismo (diagnóstico estigmatizado; contaminador em potencial; aparência de “aidético”; morte iminente, diagnóstico como castigo e que causa oneração, restrições e perdas); otimismo (diagnóstico enquanto renascimento; parecer saudável; diagnóstico de HIV, não Aids; pertencimento ao grupo social de homossexuais vivendo com HIV) ou induzida pelos profissionais (diagnóstico como doença crônica). Exclusivamente por parte dos pacientes, também foi percebida uma hierarquia de preconceitos de pessoas que fazem PrEP para com quem vive com HIV e, destas últimas, para quem vive com Aids Já no caso dos profissionais de saúde, além das representações sociais do diagnóstico, também ficou evidente situações difíceis para lidar com o sigilo diagnóstico. Apesar dos avanços, os resultados mostram que os estigmas do início da epidemia ainda estão fortemente presentes e geram vergonha para os pacientes, que sentem medo de sofrer discriminações. As representações otimistas relacionam-se com a ressignificação desses estigmas, a partir do momento que esses não se concretizaram na realidade. Percebe-se que a presença ainda marcante dos estigmas do HIV/Aids, aliada ao cenário atual de interrupção e retrocesso nas ações nacionais governamentais e nãogovernamentais para o enfrentamento da doença, tende a agravar esse quadro. Assim, reconhece-se a importância de se haver o resgate das ações de enfrentamento dos estigmas do HIV/Aids, sendo o cuidado de saúde importante lócus de ressignificação. | en_US |
Language | por | en_US |
Rights | open access | en_US |
Subject in Portuguese | HIV | en_US |
Subject in Portuguese | Síndrome da Imunodeficiência Adquirida | en_US |
Subject in Portuguese | Estigma Social | en_US |
Subject in Portuguese | Acesso aos Serviços de Saúde | en_US |
Subject in Portuguese | Representações Sociais | en_US |
Title | O que representa o diagnóstico de HIV/Aids após quatro décadas de epidemia? uma análise da perspectiva de pacientes e profissionais de saúde | en_US |
Alternative title | What does the diagnosis of HIV/AIDS represent after four decades of epidemic? an analysis from the perspective of patients and healthcare professionals | en_US |
Type | Dissertation | en_US |
Defense date | 2022-04-28 | |
Departament | Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca | en_US |
Defense Institution | Fundação Oswaldo Cruz | en_US |
Degree level | Mestrado Acadêmico | en_US |
Place of Defense | Rio de Janeiro | en_US |
Program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública | en_US |
Abstract | HIV/AIDS was discovered more than 40 years ago and important advances have been made in terms of quality of life, survival and patients' rights. However, were these facts enough to change the diagnostic representation and overcome the fear of suffering prejudice, as a result of the stigma initially related to the disease? What is it like to receive and live with a diagnosis of HIV/AIDS after four decades of the epidemic? This research aimed to analyze the representations about the diagnosis of HIV/AIDS, from the perspective of health professionals and people living with HIV/AIDS, after four decades of epidemic. A qualitative research was carried out, through interviews with 14 patients and 15 health professionals who work in the care of HIV/AIDS. The phenomenological perspective was used for analysis and the main categories listed were related to the representations of the diagnosis and the stigmas of HIV/AIDS. In general, the representations evoked pessimism (stigmatized diagnosis; potential contaminant; appearance of “aidetic”; imminent death, diagnosis as punishment and that causes encumbrance, restrictions and losses); optimism (diagnosis as rebirth; looking healthy; diagnosis of HIV, not AIDS; belonging to the social group of homosexuals living with HIV) or induced by professionals (diagnosis as a chronic disease). Exclusively on the part of patients, a hierarchy of prejudices of people who take PrEP towards those living with HIV and, from the latter, towards those living with AIDS, was also perceived In the case of health professionals, in addition to the social representations of the diagnosis, difficult situations were also evident in dealing with diagnostic confidentiality. Despite the advances, the results show that the stigmas of the beginning of the epidemic are still strongly present and generate shame for patients, who are afraid of suffering discrimination. Optimistic representations are related to the resignification of these stigmas, from the moment they did not materialize in reality. It can be seen that the still marked presence of HIV/AIDS stigmas, combined with the current scenario of interruption and setback in national governmental and non-governmental actions to face the disease, tends to worsen this situation. Thus, it is recognized the importance of rescuing actions to face HIV/AIDS stigmas, with health care being an important locus of resignification. | en_US |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | en_US |
Subject | HIV | en_US |
Subject | Acquired Immunodeficiency Syndrome | en_US |
Subject | Social Stigma | en_US |
Subject | Access to Health Services | en_US |
Subject | Social Representations | en_US |
DeCS | HIV | en_US |
DeCS | diagnóstico | en_US |
DeCS | Síndrome de Imunodeficiência Adquirida | en_US |
DeCS | Estigma Social | en_US |
DeCS | Acesso aos Serviços de Saúde | en_US |
DeCS | Pesquisa Qualitativa | en_US |
DeCS | Acquired Immunodeficiency Syndrome | en_US |
DeCS | Social Stigma | en_US |
DeCS | Access to Health Services | en_US |
DeCS | Social Representations | en_US |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 03 Saúde e Bem-Estar | |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 10 Redução das desigualdades | |