Programa de Sustentabilidade do Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos

Abstract

A Casa de Oswaldo Cruz (COC) se constituiu como unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na década de 1980, reunindo os esforços e anseios da instituição em torno da preservação de seu patrimônio cultural, valorização da memória e divulgação científica. Essa iniciativa potencializou os esforços que vinham sendo feitos pela Fiocruz na época e que resultaram no tombamento do Pavilhão Mourisco, Pavilhão do Relógio e Cavalariça pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A identificação desse núcleo originário das edificações (além das já citadas, incluem-se a Casa de Chá, o Pombal e o Pavilhão Figueredo de Vasconcellos – o Quinino) que historicamente abrigaram as primeiras instalações do que hoje denominamos Fiocruz1 levou à criação de todo um perímetro de proteção em seu entorno, incluindo áreas verdes e urbanas que em conjunto devem ser protegidas com o objetivo de preservar as marcas de ocupação históricas, culturais e sociais que caracterizam essa paisagem cultural. O Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (NAHM), em planejamento desde 2013, visa intervenções nos espaços urbanos e arquitetônicos que constituem esse núcleo originário, com base em princípios e valores expressos em seu documento de referência (Fiocruz/COC, 2014), dentre os quais cabe destacar o fortalecimento da relação entre uma instituição de ciência e tecnologia e a sociedade no campo da saúde; os pressupostos para uma requalificação sustentável de um sítio histórico urbano; a preservação da singularidade e identidade da instituição; e a intensificação da relação com a cidade, principalmente com o território do qual o Campus Manguinhos é parte. Por se tratar de um espaço vivo, integrante das instalações atuais da Fiocruz, o plano visa integrar o patrimônio preservado às ações contemporâneas que atribuem o significado atual a esse espaço. Nesse sentido, o Plano visa à ampliação do acesso público a essas áreas, além de integrar esses bens culturais ao território em que está estabelecido, de forma a contribuir com o desenvolvimento cultural local. Além disso, ajuda na valorização de símbolos e significados diversos e locais junto à sociedade, aumentando o diálogo da instituição com seus públicos por meio desses espaços.