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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/65770
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DissertaçãoDireito Autoral
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES HOSPITALIZADOS POR COVID-19, NO PERÍODO DE JUNHO DE 2020 À DEZEMBRO DE 2022, EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
Geraldo, Kim Mattos | Data do documento:
2023
Autor(es)
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Introdução: Durante a pandemia de COVID-19 milhares de indivíduos necessitaram de hospitalização e outras intervenções para acompanhamento e tratamento da doença. O projeto RECOVER SUS foi desenvolvido com o objetivo de produzir conhecimento científico, compartilhamento de informações e experiências entre os serviços de saúde, gerando evidências cientificas e políticas públicas de saúde no Brasil. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida (QoL) e fadiga de pessoas submetidas a período de internação prolongada em decorrência da COVID-19. Métodos: RECOVER-SUS é um estudo longitudinal, prospectivo, que incluiu adultos (18 anos ou mais), com suspeita ou confirmação de COVID-19, internados no Centro Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Nesta análise, foram incluídos participantes que responderam aos questionários de QoL (ACTG SF-21; escores 0-100) e fadiga (MFI-20; escores 4-20 por domínio) nas visitas de 30 dias e 180 dias após alta hospitalar. Foi realizada análise longitudinal de Equações de Estimações Generalizadas (GEE) para avaliar as diferenças entre os escores das visitas de 30 dias e 180 dias. Foi utilizado teste T de Student para comparar a QoL e fadiga de acordo com idade, sexo designado ao nascimento, raça, escolaridade, renda, IMC e número de comorbidades. Resultados: Foram incluídos nessa análise 220 participantes hospitalizados entre julho/2020 e dezembro/2022; a mediana de idade foi de 55 anos (IQR:45-65), 56,8% do sexo masculino, 60,5% negros, 80,2% completaram até ensino médio e 82,3% com pelo menos uma comorbidade. Observou-se piora nos domínios de QoL percepção geral da saúde (-5,5; p=0,023), e melhora na percepção de função laboral (7,8; p=0,007) e função social (4,3; p=0,010) entre as visitas de 30 e 180 dias Para fadiga, houve diminuição no domínio atividade reduzida (-0,9; p=0,037). Mulheres apresentaram menores escores de QoL e fadiga nas visitas de 30 e 180 dias. Pessoas com ≥3 comorbidades tiveram piora na QoL para os domínios percepção geral de saúde, função física, desempenho de função, dor e saúde mental, e para atividade reduzida na escala de fadiga. Conclusões: Pessoas ou participantes que necessitaram de hospitalização por COVID-19 tiveram pouca ou nenhuma melhora na QUALIDADE DE VIDA e fadiga 180 dias após alta da internação. Entender a percepção geral dos participantes sobre sua própria saúde é fundamental para buscar estratégias para melhorar a QoL e a fadiga. Outros estudos com maior tempo de seguimento são necessários para entender melhor os efeitos do COVID longo
Resumo em Inglês
Introduction: With the onset of the COVID-19 pandemic, numerous individuals required hospitalization and interventions for monitoring and treatment of the disease. The RECOVER SUS study was developed with the objective of generating scientific knowledge, sharing information and experiences among healthcare services, generating scientific evidence, and public health policies in Brazil. Objectives: To assess quality of life (QoL) and fatigue after a prolonged hospitalization period due to COVID-19. Methods: RECOVER-SUS is a longitudinal, prospective study that included adults (18 years and older) with suspected or confirmed COVID-19, hospitalized at the National Institute of Infectious Diseases Evandro Chagas (INI/Fiocruz) Hospital Center. In this analysis, participants who completed QoL questionnaires (ACTG SF-21; scores 0-100) and fatigue questionnaires (MFI-20; scores 4-20 per domain) at the 30-day and 180-day post-discharge visits were included. Longitudinal Generalized Estimating Equation (GEE) analysis was performed to assess differences in scores between the 30-day and 180-day visits. Student's T-test was used to compare QoL and fatigue scores based on age, sex assigned at birth, race, education, income, BMI, and number of comorbidities. Results A total of 220 participants were included between July 2020 and December 2022; the median age was 55 years (IQR: 45-65), 56.8% were male, 60.5% were Black, 80.2% had completed up to high school education, and 82.3% had at least one comorbidity. Worsening was observed in the QoL domains of overall health perception (-5.5; p=0.023), while improvement was noted in the perception of occupational function (7.8; p=0.007) and social function (4.3; p=0.010) between the 30-day and 180-day visits. Regarding fatigue, there was a decrease in the reduced activity domain (-0.9; p=0.037) Women had lower QoL and fatigue scores at the 30-day and 180-day visits. Individuals with ≥3 comorbidities experienced deterioration in QoL in the domains of overall health perception, physical function, role performance, pain, and mental health, as well as in the reduced activity domain of the fatigue scale. Conclusions: People or participants who required hospitalization due to COVID- 19 experienced little to no improvement in QoL and fatigue 180 days after discharge. Understanding participants' overall perception of their health is essential for seeking strategies to enhance QoL and reduce fatigue. Further studies with longer follow-up periods are necessary to better comprehend the long-term effects of COVID
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