RADIS: Comunicação e Saúde, número 264, setembro

Abstract

O texto aborda a interseccionalidade, destacando como diferentes marcadores sociais impactam a vida de indivíduos e grupos, especialmente em situações de crise. A ONU estima que mais de 50 milhões de mulheres e meninas estão deslocadas globalmente, enfrentando desafios exacerbados pela vulnerabilidade. Um exemplo é o fluxo migratório de venezuelanas para o Brasil e Colômbia, impulsionado por condições de vida precárias e crises políticas. No Brasil, desde 2016, cerca de 7 milhões de venezuelanos deixaram seu país, com 414 mil buscando refúgio aqui. Durante um encontro em Manaus, relatos de migrantes revelam que a busca por alimento e serviços de saúde são as principais motivações para a migração. Além disso, a reportagem discute a insegurança alimentar no Rio de Janeiro, onde as desigualdades raciais e econômicas se refletem na fome. A crescente devastação ambiental, agravada por queimadas, é apresentada como resultado de interesses econômicos. A situação em Gaza também é abordada, evidenciando a desumanização da população palestina sob ataques israelenses, resultando em milhares de mortos e feridos. Por fim, Carla Akotirene destaca a importância da interseccionalidade na compreensão e reparação das desigualdades sociais, ressaltando que a luta contra injustiças é um processo contínuo. A seção Voz do Leitor enfatiza que a conscientização crítica é fundamental para enfrentar essas desigualdades.