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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13080
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA DE CÉLULAS T FRENTE AOS PEPTÍDEOS DE GAG E NEF DO HIV-1 E DE PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS E GENÉTICOS ASSOCIADOS AO CONTROLE DA REPLICAÇÃO VIRAL
Côrtes, Fernanda Heloise | Date Issued:
2014
Author
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
A pandemia do HIV-1 é a infecção emergente mais importante das últimas décadas. O desenvolvimento de uma vacina é colocado como a melhor estratégia para o controle da pandemia. No entanto, entre os candidatos vacinais que evoluíram para testes clínicos de eficácia, apenas um mostrou resultados positivos, mas com uma modesta eficácia (31,2%). Além da busca por uma vacina eficiente contra a infecção pelo HIV-1, o desenvolvimento de estratégias para se atingir a cura também é essencial. Considerando esses dois objetivos principais, diversos fatores são colocados como obstáculos, sendo a enorme diversidade genética do HIV-1 e a falta de correlatos de proteção contra a doença ou a infecção, os pontos centrais e nos quais focamos nossa atenção. No primeiro trabalho, foi avaliada a resposta de células T frente a peptídeos derivados de sequências consensos e sequências de isolados virais mais próximos ao consenso (CVI) dos três subtipos prevalentes no Brasil, B, C e F1 e do grupo M. O estudo incluiu 32 indivíduos infectados com o HIV-1, subtipo B (n = 13), subtipo C (n = 11) e subtipo F1 (n = 8). As respostas específicas frente a Gag e Nef foram avalidas usando o ensaio de ELISpot IFN-\03B3. Peptídeos baseados nas sequências CVI apresentaram capacidade de redução da distância genética e de detecção da resposta de células T similar ao observado para as sequências consenso
Em geral, o nível de reatividade cruzada entre os subtipos B e F1 foi maior do que entre os subtipos B e C ou entre os subtipos C e F1. Esses resultados sugerem que o obstáculo imposto pela diversidade genética no desenho de vacinas é dependente dos subtipos envolvidos. No segundo trabalho foi avaliada a resposta de células T de indivíduos controladores da replicação viral frente aos peptídeos consenso, derivados do primeiro estudo. Além disso, foi feita uma avaliação de fatores genéticos e imunológicos nesse grupo de controladores. O estudo incluiu três grupos de controladores: 1) Controladores de Elite (EC, n=7) com carga viral (CV) <80 cópias/mL em todos os pontos; 2) Controladores de Elite com Blips (EEC, n=5) com CV>80 cópias/mL em apenas 30% dos pontos e 3) Controladores Virêmicos (VC, n=7) com CV <5.000 cópias/mL e >80 cópias/mL em mais de 30% dos pontos. Indivíduos infectados pelo HIV-1 não tratados (NC) ou em tratamento antirretroviral (HAART) e indivíduos não infectados pelo HIV-1 foram analisados como controles. A coorte de controladores foi enriquecida em alelos protetores HLA-B, B*27 e B*57, mas não foi observada diferenças significativas entre os três grupos de controladores. O DNA viral circular (2-LTR) foi detectado nos EEC (3/5) e nos VC (6/7), mas não nos EC
Uma frequência maior de células T CD8+ ativadas foi observada em EEC e VC quando comparada a indivíduos não infectados. Os EC demonstraram uma resposta de células T de menor magnitude frente a Gag/Nef e uma proporção de anticorpos IgG anti-HIV significativamente menor (P < 0,05) que os grupos de EEC, VC e NC. Esses resultados demonstram que EEC e VC são capazes de montar uma resposta imune específica mais forte frente a estímulos do HIV-1, mas paralelamente, apresentam maiores níveis de ativação imune, translocação microbiana e maior reservatório viral, quando comparados aos EC. Esses resultados destacam a heterogeneidade dos indivíduos capazes de controlar a replicação viral e reforçam a necessidade de uma classificação mais precisa de indivíduos infectados pelo HIV-1 com diferentes níveis de controle
Abstract
The HIV
-
1 pandemic
bas been the most relevant infections that has emerged
in the last
decades.
V
accine developmen
t
has been considered
as the best strategy to control th
is
pandemi
c, h
owever,
the
candidate vaccines that
have
evolved to
the stage of
efficacy clinical
trials
, only
one presented positive results
and even that
with very modest efficacy (31,2%).
As such, s
trategies to find a cure is essential though has been hindered by several obstacles
such as t
he enormous genetic
diversity of HIV
-
1 and lack of correlates of protection against
disease or infection
. These two obstacles were investigated in the present stu
dy by
evaluating the T cell response against peptides based on consensus and closest viral isolate
sequences (CVI) from the three prevalent subtypes in Brazil, B, C and F1
and
from group M
consensus. The study included 32 subjects infected with HIV
-
1 subty
pe B (n = 13), C (n =
11), and F1 (n = 8).
Gag and Nef
-
specific T cell responses were evaluated by IFN
-
γ
-
ELISpot
assay. Peptides based on CVI sequences were similar to consensus in both reducing genetic
distance and detecting T cell responses
. Overall, the level of cross
-
subtype response
between su
btypes B and F1 was higher than between subtype C and B or C and F1. Our
results suggest that the barrier of genetic diversity in HIV
-
1 group M for vaccine
design may
be dependent on the subtypes involved. The second study evaluated the T cell response
fr
om controllers against peptides derivate
d
from the first study.
In addition
, we performed an
evaluation of
the
genetics and immunologic patterns in this cohort of controllers. The study
included three controller groups: 1) Elite Controllers (EC, n
=
7) wit
h VL <80 copies/mL in all
determinations; 2) Ebbing Elite Controllers (EEC, n
=
5) with transient viremia (blips); and
3)
Viremic Controllers (VC, n
=
7) with plasma viremia <5,000 copies/mL.
HIV
-
1 infected
subjects u
ntreated non
-
controllers (NC), patients
under suppressive HAART and HIV
-
1
negative healthy individuals were also analyzed as controls.
This cohort was enriched by the
protective HLA
-
B alleles B*27 and B*57, but no significant differences were observed among
distinct groups of controllers.
2
-
LTR
circles were detected in EEC (3/5) and VC (6/7)
,
but not
in EC. A higher frequency of activated CD8
+
T cells was observed in EEC and VC than in
HIV negative subjects.
EC displayed a weaker Gag/Nef IFN
-
γ T cell response and a
significantly lower proportion
(p < 0.05) of anti
-
HIV IgG antibodies than EEC, VC and NC
groups. These data showed that
EEC and VC are able to mount a stronger HIV
-
specific
immune response, but experience increases in the level of immune activation, microbial
translocation and size of
the HIV
-
1 DNA reservoir compared to EC.
These results highlight
the heterogeneity of the HIV controllers and reinforce the needs
for
a precise classification of
patients with different levels of viral suppression.
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