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Sustainable Development Goals
10 Redução das desigualdadesCollections
- IOC - Artigos de Periódicos [12988]
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É INERENTE AO SER HUMANO! A NATURALIZAÇÃO DAS HIERARQUIAS SOCIAIS FRENTE ÀS EXPRESSÕES DE PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NA PERSPECTIVA JUVENIL
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
UNIFESP. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. São Paulo, SP, Brasil / Universidade de Franca. Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde. Franca, SP, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
UNIFESP. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. São Paulo, SP, Brasil / Universidade de Franca. Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde. Franca, SP, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este trabalho objetiva analisar como mulheres
e homens jovens, com diferentes inserções sociais, cor/raça e
orientação sexual, frequentadores de espaços de sociabilidade
no Rio de Janeiro, concebem e vivenciam as expressões de
preconceito e discriminação na vida cotidiana. Considerase
que o preconceito e a discriminação fazem parte de um
processo social de produção de desigualdades que articula
diferentes marcadores sociais (classe social, gênero, sexualidade,
raça/etnia) e opera por meio da naturalização dos atos de
discriminar e de ser discriminado. Todavia, há perspectivas
teóricas dissonantes, que concebem a discriminação e o
preconceito como decorrentes de interações inerentes e
circunscritas ao âmbito das relações sociais interpessoais,
desvinculadas dos fatores macrossociais. Os depoimentos
dos/das jovens do estudo revelam que os agentes da ação
discriminatória evitam falar de preconceito, justificando suas
práticas com base no gosto, preferência ou estranhamento
frente a algo incomum. Entretanto, alguns sujeitos que são
objeto de ações homofóbicas, sexistas e/ou racistas percebem
que essas situações expressam uma tentativa de garantia de
privilégios de grupos específicos e que a classe social dos
envolvidos tem influência nessas manifestações. Outros
consideram que a homofobia e o racismo resultam da falta
de conhecimento e/ou socialização. Observa-se a ausência
de referências à ação política para confrontar situações de
discriminação. O desenvolvimento de estudos voltados para a
apreensão do preconceito e da discriminação como fenômenos
sociais complexos, associados à (re)produção de marcadores
sociais da diferença, podem orientar as ações de enfrentamento
desses processos em diferentes contextos sociais.
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