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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/11963
ANÁLISE DESCRITIVA DE SÉRIE DE CASOS DE ENDOCARDITE INFECCIOSA EM PACIENTES PEDIÁTRICOSESTUDO PROSPECTIVO DE PACIENTES INTERNADOS NO INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA, 2006-2011
Silva, Joaquim Márcio Duarte e | Date Issued:
2013
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Fundamentos: A endocardite infecciosa (EI) é uma doença infrequente, porém grave na infância. Objetivos: Descrever os achados clínicos, laboratoriais, ecocardiográficos, as complicações, a realização de cirurgia cardíaca, a letalidade e os fatores de risco associados a EI em crianças. Métodos: Estudo prospectivo, observacional descritivo do tipo série de casos, com pacientes na faixa etária abaixo de 18 anos internados de janeiro de 2006 até dezembro de 2011, no Instituto Nacional de Cardiologia, RJ \2013 Brasil. Resultados: Foram identificados 40 pacientes e 43 episódios de EI. Os pacientes estudados foram divididos em grupo A, menores de um ano de idade, e grupo B, com um ano ou mais de idade. Dentre os pacientes analisados, 15 faziam parte do grupo A (37,5%) e 25 do grupo B (62,5%). Trinta pacientes (75%) eram portadores de cardiopatia congênita, enquanto dez (25%) eram pacientes portadores de cardiopatia adquirida. Submetidos à análise estatística, 5/15 (33,33%) casos do grupo A versus 26/28 (92,6%) casos do grupo B apresentaram diagnóstico definitivo de EI (p=0,00007, IC=0-0,28 e OR=0,04) pelos critérios modificados de Duke. A letalidade foi de 8/15 (18,75%) no grupo A contra 10/28 (35,7%) no grupo B (p=0,02 IC=1,11-1,77 OR=1,4). Todos os casos do grupo A apresentaram evolução aguda versus 20/28 casos do grupo B (p=0,02 IC=1,11- 1,77 OR=1,4). A aquisição da doença no ambiente hospitalar se deu em todos os casos do grupo A, 15/15 (100%) versus 11/28 casos do grupo B (39,28%) (p=0,0003 IC=1,6-4,03 RR= 2,55)
Todos os casos do grupo A faziam uso de acesso venoso profundo no momento do diagnóstico de EI versus 12/28 (42,86%) casos do grupo B (p=0,0007 IC=1,52-3,58 RR=2,33). Haviam sido submetidos a cirurgia cardíaca recente 13/15 (86.67%) dos casos do grupo A versus 11/28 (39,29%) dos casos do grupo B (p=0,008 IC=1,62-80 OR=10,05). Conclusões: Houve maior incidência de EI nos pacientes pediátricos com menos de um ano de idade com doença cardíaca congênita e hospitalização que envolveu uso de cateteres venosos profundos e realização de cirurgia cardíaca. Contudo neste grupo o diagnóstico de EI definitiva foi significativamente menos frequente que nos maiores de um ano
Abstract
Background
: Infective endocarditis (IE) is an uncommom but severe disease
in
children
.
Objectives
: To describe clinical, laboratory, and echocardiographic findings,
complications, surgical intervention, mortality and risk factors
associa
ted with
infective endocarditis in children.
Methods:
This is a prospective, observational,
descriptive case series study of pa
tients less than 18 years old
, admitted from
January
2006 to December 2011, to the Instituto Na
cional de Cardiologia, RJ
–
Braz
il
.
Result
s:
There were
40
patients and
43
episodes of IE
.
Patients were divided
as group A, i.e. those less t
han 1 year of age, and group B from 1 year old
.
In the
studied patients, 15 were included in group A (37.
5%)
and
25
in group B (62.
5%).
Thirty patients
(75%) had congenital heart disease while ten (25%) had acquired
heart disease.
Statistica
l analysis showed that 5/15 (33.
3%) of cases from group A
versus 26/28 (92.
6%)
from group B presented a definite diagnosis of IE by the
modified Duke
criteria
(
p=0.00007, IC=0
-
0.28 e OR=0.
04).
Mortality was 8/15
(18.8%) in group A vs 10/28 (35.7
%)
in group B
(
p=0.02 IC=1.11
-
1,
77
OR=1.
4).
All
cases in group A had an acute presentation of IE vs
20/28
cases in group B
(
p=0,02
IC=1.11
-
1.
77 OR
=1.
4). All case
s we
re hospital
-
acquired in group A versus
11/28
cases in group B (39.3
%)
(
p=0.0003 IC 1.6
-
4.03 RR= 2.
55). All cases in group A
(15/15)
had used deep intravenous access when IE
was diagnosed
v
ersu
s 1
2/28
(42.9
%)
of cases in group B
(
p=0.0007 IC=1.52
-
3.6
RR=2.
33).
Thirteen of 15 patients
(86.7%) had been submitted to recent cardiac surgery in group A versus 11/28
(39.
3%)
in group B
(p=0
.008 IC=1.62
-
80 OR=10.
05).
Conclusions
: A higher
incidence of IE was noted in children less than 1 year of age with congen
ital heart
disease and hospitalization which involved use of deep intravenous access and
cardiac surgery.
However, in this group, a significantly smaller number of definite
diagnosis of IE
was made when comparing to those 1 year or more of age
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