Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12261
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
16 Paz, Justiça e Instituições EficazesCollections
Metadata
Show full item record
ANÁLISE DA SOROPREVALÊNCIA DA HEPATITE A EM POVOADOS DE TOCANTINÓPOLIS E ÍNDIOS APINAJÉ EM TOCANTINS \2013 BRASIL
Hepatite A/virologia
Estudos Soroepidemiológicos
Brasil/epidemiologia
Oliveira, Guilherme de Macêdo | Date Issued:
2013
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A hepatite A é uma doença hepática aguda, causada pelo vírus da hepatite A (HAV), um vírus de RNA da família Picornaviridae com transmissão fecal-oral. Atualmente, o Brasil apresenta um padrão de endemicidade intermediária da doença. Normalmente, a doença possui curso autolimitado e é benigna, porém existem formas graves que podem causar insuficiência hepática aguda em 0,01% dos casos. Além de medidas sanitárias, outro método importante de prevenção é a utilização de vacinas inativadas, esta porém só é utilizada na imunização de grupos de risco. É conhecido o elevado risco de infecção pelo HAV em comunidades nativas no mundo, no entanto, poucos trabalhos abordam este tema em comunidades indígenas do Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de hepatite A em aldeias e povoados pertencentes a reserva Apinajé, Tocantinópolis/TO. Foram analisadas 799 amostras sorológicas para anti-HAV total, sendo 358 indígenas e 441 dos povoados locais, em onze comunidades geograficamente separadas. Para tal, utilizou-se o Kit imunoenzimático comercial da marca Diasorin®. A prevalência total de anti-HAV na população estudada foi de 85,5 %. A localidade que apresentou maior prevalência foi a Aldeia Girassol (95,5%)
Observou-se o aumento da prevalência de anti-HAV com o envelhecimento da população, sendo menor a prevalência (32,7%) observada no grupo etário mais jovem (0-2 anos) e maior prevalência (100%) acima dos 40 anos de idade. Observa-se que, entre os indígenas, 84,87% possuem anti-HAV reagente e nos povoados 85,97%, não havendo diferença ao comparar estas prevalências. Observamos que 39% das crianças até 12 anos estão sob risco de adquirir a doença, e até os 5 anos este número sobe para 59%, logo, a população média suscetível à hepatite A é baixa por situar-se entre a faixa de 5 à 14 anos. A reserva Apinajé apresenta prevalência intermediária de anti- HAV, tanto nas aldeias quanto nos povoados. Em relação a tendência de soroconversão de hepatite A, nas aldeias isto ocorre com maior frequência durante a transição da fase pré-escolar para escolar, enquanto que nos povoados este risco se dá entre a fase escolar e a adolescência. A prevalência encontrada em crianças e adolescentes reforça a possibilidade da implementação da vacina contra hepatite A no calendário infantil
Abstract
Hepatitis A is an acute liver disease cause
d by hepatitis A virus (HAV), an RNA virus
of the Picornaviridae's family
of fecal-oral transmission. Curre
ntly Brazil has a pattern of
intermediate endemicity of the disease. Usually the disease is self-limited and has a benign
course, but there are severe forms that can cause
acute liver failure in 0.01% of cases. Besides
to sanitary actions, another impor
tant method of prevention is to
use inactivated
vaccines, but
this is only used to immunize ri
sk groups in Brazil. In native
communities, the risk of HAV
infection is high around the wo
rld, however, few works addre
ss this issue in indigenous
communities in Brazil. The objective of this stu
dy was to evaluate the prevalence of hepatitis
A in villages and towns belonging to Apinajé reservation, Tocantinópolis/TO. For this purpose,
799 serum samples were analyzed for anti-HAV to
tal being 358 from indigenous villages and
441 from local town in eleven geographically
separated communities. It was used the
commercial immunoenzymatic kit DiaSorin® br
and. The overall prevalence of anti-HAV in
the population studied was 85.5%. Th
e locality with th
e highest prevalence was the Girassol
Village (95.5%). We observed in
creased prevalence of anti-HAV
with an ascending aging of
population, and the lowest prevalence (32.7%) in
the younger age group (0-2 years) and a higher
prevalence (100%) over 40 years of age. It
is observed that among the indigenous people
84.87% have anti-HAV reagent and in the town
s 85.97%, with no difference when comparing
these prevalences. We observed that 39% of
children under 12 years
are bound to acquire the
disease, and up to 5 years, this prevalence ri
ses to 59%, so the averag
e population susceptible
to hepatitis A is low as it is between the ranges of 5 to 14 years old. The reserve Apinajé has
intermediate prevalence
of anti-HAV, both in villages and in
the town. Regarding the trend of
seroconversion of hepatitis A in the villages that
occurs most frequently during the transition
from preschool to school phase, while in the vi
llages this risk occurs between middle childhood
and adolescence. The prevalence in children and adolescents strengthens implementation of
hepatitis A vaccine included in the childhood schedule could minimize the risks associated with
the disease.
DeCS
Saúde de Populações IndígenasHepatite A/virologia
Estudos Soroepidemiológicos
Brasil/epidemiologia
Share