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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13937
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ThesisCopyright
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Sustainable Development Goals
05 Igualdade de gênero08 Trabalho decente e crescimento econômico
16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
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PROCESSO DE TRABALHO E VIOLÊNCIA DE GÊNERO: A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Freitas, Waglânia de Mendonça Faustino e | Date Issued:
2013
Alternative title
Labor process and gender violence: the perspective of professional Family Health StrategyAdvisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A violência de gênero perpetrada contra mulheres no espaço doméstico constitui um sério problema de saúde pública reverbera em alijamento do exercício de direitos humanos fundamentais. Pressupomos que o trabalho em saúde tem potencialidade para contribuir para a transformação da violência de gênero, mediante processos de trabalho. Trata-se de uma investigação qualitativa sobre o saber de gênero no processo de trabalho na atenção à mulher em situação de violência doméstica que teve como objetivo geral analisar o saber que norteia o processo de trabalho na atenção à mulher em situação de violência e a sua efetivação por meio das práticas profissionais. na Estratégia Saúde da Família (ESF). O estudo foi realizado com 26 profissionais de diversas áreas que desenvolviam suas atividades em duas unidades de saúde da ESF do município de João Pessoa PB. O material empírico foi produzido por meio de entrevistas e analisado pela Técnica de Análise Crítica do Discurso, à luz das categorias Gênero e Trabalho. Nesse processo revelaram-se temas que permitiram a construção de duas categorias analíticas Contribuições do patriarcado na manutenção da opressão de gênero e o processo de trabalho na atenção à mulher em situação de violência: limites e perspectivas de transformação, que apontam as interfaces entre o caráter ideológico da violência doméstica contra mulher como problema de ordem individual e o processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família.
A análise dos depoimentos revelou que os processos de trabalho ainda permanecem ancorados em concepções biologicistas do modelo de saúde pública tradicional, divergindo no âmbito das intenções da política de saúde da mulher vigente, de modo que a emancipação da opressão de gênero, enquanto direito humano ainda se apresenta na perspectiva de conquista de necessidades sociais de saúde ainda não alcançadas. A superação do modelo biologicista de atenção à mulher em situação de violência carece de rever criticamente, à luz do enfoque de gênero, os processos de trabalho na Estratégia Saúde da Família com fins a contemplar a superação da violência de gênero no campo da saúde.
Abstract
Gender violence against women in domestic space is a serious public health problem and corresponds to a denial in the exercise of basic human rights. We assume that health work has the potential to contribute for the transformation of gender violence, by means or work processes. This paper is about qualitative investigation on gender knowledge in the work process of women’s care, in cases of domestic violence. It had as general aim, the understanding of articulation between the guidelines of today’s policies on women’s care in case of violence and its realization by means of professional practices here understood as work processes in Family Health Strategy (FHS). The study was conducted in two Health Units of FHS in the city of João Pessoa – PB. The empirical material was produced through interviews and was analyzed by the Critical Discourse Analysis Technique, in the light of Gender and Labor categories. In the process, themes were revealed that allowed the construction of two analytical categories Patriarchal contributions in maintenance gender violence and work process of women’s care, in cases of domestic violence: limits and perspective for transformation, that point to interfaces between the ideological character of domestic violence against women, as a problem of individual kind, and the work process in Family Health Strategy. The analysis of interviews showed that work processes still remain based upon only biological conceptions of traditional public health models, differing from intentions of women’s health policies in vigor, so that, emancipation of gender oppression as a human right, is still presented as social needs of health to be conquered. anquishing
this biological model of women’s care in case of violence needs to critically review, under the gender focus, the work processes in the Family Health Strategy, in order to promote the vanquishing of gender oppression in the realm of health.
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