Advisor | Engstrom, Elyne Montenegro | pt_BR |
Author | Louzada, Laila Oliveira | |
Access date | 2016-05-02T13:01:24Z | |
Available date | 2016-05-02T13:01:24Z | |
Document date | 2015 | |
Citation | LOUZADA, Laila Oliveira. Análise das práticas das primeiras equipes de Consultório na Rua do RJ: caminhos para o exercício da Clínica Ampliada na perspectiva dos profissionais. 2015. 125 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015. | pt_BR |
URI | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14046 | |
Abstract in Portuguese | Introdução: políticas públicas voltadas para a organização da atenção primária à saúde
(APS) para população em situação de rua (PSR), grupo vulnerável e heterogêneo em sua
composição e necessidades, foram estruturadas recentemente (partir de 2012) e tem
reconhecido as equipes de Consultório na Rua (eCnR) como essenciais no sistema de
saúde. Desde então, implantam-se no país algumas destas equipes, cujas práticas ainda
são pouco estudadas.
Objetivo: analisar as concepções de cuidado que norteiam as práticas das duas
primeiras eCnR da cidade do Rio de Janeiro.
Metodologia: estudo qualitativo, desenvolvido a partir da análise de conteúdo de relatos
dos profissionais (n=16) em 14 encontros realizados entre abril de 2013 a março de
2014, considerados como grupos focais. Tais encontros surgiram de uma iniciativa de
gestão local, da necessidade de apoio institucional e para validar suas diretrizes de
trabalho. Houve um roteiro, perguntas disparadoras e gravação dos encontros, que
foram transcritos, sistematizados, com a construção de um novo corpus para a presente
análise, considerando como eixo, as práticas clínicas. As categorias de análise foram a
clínica de território; a complexidade dos casos; autonomia ou Tutela na prática clínica;
o vínculo para o modelo de atenção da eCnR; o exercício da Clínica Ampliada pelas
equipes; a solidão da eCnR na relação com as Redes.
Resultados: todas as categorias de análise dialogaram com o eixo central do estudo – o
modelo de atenção e da clínica e apontam para novos paradigmas, onde o sujeito e seus
territórios são centrais para a produção do cuidado. Tornou-se evidente a potência do
consultório na rua, tanto para atenção, promoção à saúde e prevenção quanto para a
formulação de novos arranjos institucionais pensados a partir da realidade e das
características do território. Estas equipes apostam no vínculo como base para a
construção do cuidado ao usuário, sendo o acolhimento e a escuta ferramentas
essenciais para a clínica que se estrutura a partir de um olhar ampliado sobre o território
de vida e de relações dos sujeitos. A rua é considerada espaço de cuidado e os seus
recursos são valorizados e incluídos como elementos para a construção da clínica
ampliada. O manejo clínico de casos e situações complexas no cotidiano de trabalho das
eCnR requer um exercício contínuo de construção de estratégias de cuidado possíveis,
dentro da realidade concreta, considerando as situações de riscos e vulnerabilidades
presentes e que atravessam a vida na Rua. Há que se construírem, também, novas
concepções clínicas que superem a visão apenas biológica, curativa, intervencionista,
mas que incluam as subjetividades e promoção de autonomia dos sujeitos. A discussão
de autonomia e tutela está relacionada a um posicionamento ético no cuidado e com a
lógica de atenção que se quer produzir. Foram identificadas, também, algumas
dificuldades para se construir a integralidade e coordenação da atenção, diante da
fragilidade da rede de atenção, e barreiras de acesso à população em situação de rua
existente nos diferentes níveis de atenção.
Conclusão: em sintonia com as políticas da APS, as eCnR reforçam a essência do SUS
integral e equânime para esta população de extrema vulnerabilidade. O trabalho da
eCnR traz uma percepção de cuidado que ultrapassa a relação profissional-usuário, pois
está inserida em um contexto muito mais abrangente, clínico e político, que envolve
modelos de atenção e de gestão, onde a clínica ampliada torna-se o referencial teóricoprático mais próximo do que se pretende construir. Nestes contextos, persistem os desafios relacionados ao suporte logístico e apoio institucional e de gestão para
construção de redes à PSR. | pt_BR |
Language | por | pt_BR |
Rights | open access | pt_BR |
Subject in Portuguese | Atenção Primária em Saúde | pt_BR |
Subject in Portuguese | Cuidado | pt_BR |
Subject in Portuguese | População em Situação de Rua | pt_BR |
Subject in Portuguese | Clínica | pt_BR |
Subject in Portuguese | Território | pt_BR |
Title | Análise das práticas das primeiras equipes de Consultório na Rua do RJ: caminhos para o exercício da Clínica Ampliada na perspectiva dos profissionais | pt_BR |
Alternative title | Analysis of the practices of the first teams in RJ's Office Street: paths to the exercise of Enlarged Clinic in perspective of professionals | pt_BR |
Type | Dissertation | pt_BR |
Defense Institution | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca | pt_BR |
Degree level | Mestrado Profissional | pt_BR |
Place of Defense | Rio de Janeiro/RJ | pt_BR |
Program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública | pt_BR |
Abstract | Introduction: public policies for the organization of primary health care (PHC) to
people in homeless situation (PHS), vulnerable and heterogeneous group in its
composition and needs, were structured recently (as of 2011) and have recognized
consultation offices in the streets (COS) as essential in the health system. Since then,
some of these teams were implanted in the country, whose practices are still poorly
studied.
Objective: To analyze the care conceptions that guides the practice of the first two COS
of the city of Rio de Janeiro.
Methodology: qualitative study, developed from content analysis of professionals
reports (n = 16) during 14 meetings between April 2013 to March 2014, considered as
focus groups. Such meetings arose from a local management initiative, the need for
institutional support and to validate their work guidelines. There was a script, triggering
questions and recording the meetings, which were transcribed, systematized, with the
construction of a new corpus for the present analysis, considering clinical practices as
an axis. The analysis categories were the territory clinic; the complexity of the cases;
autonomy or Trusteeship in clinical practice; the link to the care model of the COS; the
exercise of Enlarged Clinic by the teams; the loneliness of COS in relation to the
networks.
Results: all categories of analysis dialogued with the central axis of the study - the
model of care and clinical and point to new paradigms, where the subject and its
territories are central to the production of care. It became evident the power of the
consultation office on the street, both for attention, health promotion and prevention as
for the formulation of new institutional arrangements designed from the reality and the
characteristics of the territory. These teams are betting on bond as the basis for the
construction of care to the user, being the host and listening essential tools for the clinic
that is structured from a look magnified over the territory of life and relationships of the
subjects. The street is considered care space and resources are valued and included as
elements for the construction of extended clinic. The clinical management of cases and
complex situations in the daily work of COS requires continued building exercise of
possible care strategies within the concrete reality, considering the situations of risks and vulnerabilities present in life on the streets. It should be built also new clinical
concepts that go beyond just biological, curative, interventionist vision, and encompass
subjectivities and promotion of personal autonomy. The discussion of autonomy and
protection is related to an ethical position in the care and attention of logic that wants to
produce. There were also identified some difficulties in building completeness and
coordination of care, given the fragility of the care network, and population access
barriers in homeless situation in the different levels of care.
Conclusion: in line with the PHC policies, COS reinforce the essence of full and equal
SUS for this population of extreme vulnerability. The work of COS brings a sense of
care that goes beyond the professional-user relationship as it is part of a much broader
context, clinical and political, involving models of care and management, where the
extended clinic becomes the theoretical-practical framework closer than it intends to
build. In these contexts, persist challenges related to logistical support and institutional
support and management for building networks to the PHS. | pt_BR |
Affilliation | Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. | pt_BR |
Subject | Primary Health Care | en |
Subject | Care | en |
Subject | People in Homeless situation | en |
Subject | Clinic | en |
Subject | Territory | en |
DeCS | Atenção Primária à Saúde | pt_BR |
DeCS | Assistência à Saúde | pt_BR |
DeCS | Moradores de Rua | pt_BR |
DeCS | Medicina Geral | pt_BR |
DeCS | Equidade | pt_BR |
DeCS | Promoção da Saúde | pt_BR |
DeCS | Saúde da Família | |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 01 Erradicação da pobreza | |
xmlui.metadata.dc.subject.ods | 03 Saúde e Bem-Estar | |