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2017-10-15
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RESPOSTA IMUNE ANTI-DENGUE EM UM MODELO MURINOAVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA NA INFECÇÃO E DA RESPOSTA IMUNE INDUZIDA POR VACINAS DE DNA
Oliveira, Edson Roberto Alves de | Date Issued:
2014
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
A dengue é considerada uma grande ameaça em um vasto território mundial que resulta em cerca de 20 mil mortes ao ano. Modelos animais para o estudo da dengue constituem uma ferramenta importante não somente para o desenvolvimento de estratégias anti-dengue como vacinas e antivirais, mas também para o estudo da resposta imune induzida após a infecção. Uma abordagem amplamente utilizada para testes de candidatos vacinais é o uso de camundongos BALB/c infectados por via intracerebral (i.c.) com um vírus DENV neuroadaptado. Como este modelo envolve um desafio letal, inúmeros trabalhos fizeram uso apenas deste parâmetro para avaliar a eficácia de vacinas anti-dengue. Sendo assim, pouco se sabe a respeito da dinâmica da resposta imune primária em animais infectados pela via intracerebral, bem como os mecanismos pelos quais uma vacina pode exercer proteção contra a infecção sob tais condições. Neste contexto, o presente estudo objetivou analizar a resposta imune anti-dengue no modelo BALB/c infectado por via i.c. com o vírus DENV neuroadaptado, investigando a participação de subpopulações celulares na imunidade primária e também durante a imunidade adaptativa induzida por vacinas de DNA. Com relação à resposta imune primária, observamos que apesar da via de inoculação não natural empregada, foi possível observar efeitos periféricos decorrentes da infecção com DENV2, como ativação e migração de células T para órgãos alvo, bem como produção de anticorpos e citocinas
Com relação à resposta imune adaptativa aos antígenos do DENV, detectamos que vacinas de DNA que codificam as proteínas NS1, NS3 ou E de DENV2 produzem efeitos peculiares quanto à ativação de células T. Vimos que os antígenos E e NS3, principalmente NS3, induzem ativação de células T mais acentuada do que o antígeno NS1, segundo a expressão reduzida de CD45RB na superfície destas células. Experimentos de transferência de células T utilizando CFSE como sonda mostraram que após o desafio com DENV, animais protegidos pela vacinação com pcTPANS1 apresentaram ativação marcante de células T com proliferação e migração destas células para diversos locais no hospedeiro, incluindo tecido hepático e cerebral. Durante a resposta imune adaptativa ao antígeno NS1, foram encontrados alguns possíveis correlatos de proteção, como por exemplo, os fenótipos TCD4+CD44hi e TCD8+CD44hiCD69- presentes no baço. Além disso, uma população celular de alta granulosidade B220hiCD19+CD11clow presente no sangue de camundongos BALB/c após o desafio com DENV parece estar relacionada a uma melhor condição clínica destes animais. Em conclusão, este estudo contribuiu para a compreensão da dinâmica da resposta imune em animais infectados pela via i.c. Além disso, o estudo forneceu novos insights na compreensão dos mecanismos envolvidos na proteção induzida por vacinas de DNA anti-dengue
Abstract
Dengue is considered a major threat worldwide that results in approximately 20000 deaths every year. Animal models for dengue disease represent an important tool not only to delelop anti-dengue strategies, such as vaccines and antivirals, but also to investigate the immune response incuced during the infection. A commonly used appoach to evaluate vaccine candidates is the BALB/c mouse model infected with a neuroadapted DENV by the intracerebral (i.c.) route. Since the animals succumb to the infection in this model, many groups consider only the survival as the endpoint in the evaluation of anti-dengue vaccine efficacy. Therefore, little is known about the primary immune response dynamics of these animals infected by the i.c. route, as well as the mechanisms through which the vaccine may protect the host under such conditions. In this context, the present study aimed to analyse the primary immune response against DENV in the BALB/c mouse model, investigating the role of cellular subpopulations in the primary immunity and also during the adaptative immunity induced by DNA vaccines. Concerning the primary immune response, eventhough the inoculation route applied was not natural, peripheral effects caused by DENV infection, like T cell activation and migration to target organs, as well as the production of antibodies and cytokines were observed. With respect to the adaptive immune response to DENV antigens, DNA vaccines that encode the NS1, NS3 or E DENV proteins produced peculiar effects once considering the activation of T cells. We found that E and NS3 antigens, mainly NS3, induced more pronounced T cell activation in comparison to NS1 protein, as measured by the surface membrane expression of CD45RB. Transference experiments of T cells obtained from vaccinated animals and traced by CFSE showed evident T lymphocytes activation, proliferation and migration to different sites in the host, including hepatic and brain tissue, after DENV challenge. During the adaptive immune response to NS1 antigen we found possible cell-fenotypes related to protection, such as TCD4+CD44hi and TCD8+CD44hiCD69- detected in the spleen. Besides, a cell population B220hiCD19+CD11clow, showing high granulosity, detected in blood samples after DENV challenge seemed also to be related with a better clinical condition of these animals. In conclusion, this study contributed for the elucidation of the immune response dynamics in animals infected with DENV by the i.c. route. Moreover, this work provided new insights in the comprehension of the mechanisms involved in the protection induced by anti-dengue DNA vaccines.
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