Identificação de hormônio de crescimento recombinante para uso humano por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas sequencial

Abstract

O hormônio do crescimento é produzido por células especializadas, os somatotrofos, localizadas na porção anterior da hipófise, também denominada de adeno-hipófise, sendo constituído por uma cadeia polipeptídica contendo 191 aminoácidos, duas pontes dissulfeto e com massa molecular de 22,125 Daltons (Da). A deficiência do hormônio de crescimento leva a manifestações clínicas e metabólicas diversas. O hormônio de crescimento recombinante humano (HCrh) passou a ser obtido pela tecnologia do DNA recombinante na década de 80, aumentando a qualidade e disponibilidade dos produtos obtidos, o que exigiu um controle mais eficaz dos produtos disponíveis à população. A carência de uma metodologia para identificação do composto no compêndio nacional fortalece a necessidade do desenvolvimento de técnicas para a identificação do hormônio de crescimento. Para a realização do experimento foram utilizadas quatro amostras oriundas de um mesmo fabricante e um padrão da Farmacopeia Europeia. Para a realização do experimento de proteína intacta, o padrão e as amostras não sofreram nenhum tratamento prévio. Todos foram diluídos utilizando uma solução de ácido fórmico 0,1%, obtendo uma concentração de 50 ug.uL-1 para ambos. Para as replicatas do padrão foram encontrados picos majoritários de massa 22126,41 Da e 22126,51 Da, para as replicatas da amostra 1 foram encontrados valores de 22125,92 Da e 22125,82 Da, para as replicatas da amostra 2 foram encontrados os valores de 22125,79 Da e 22125,75 Da, para as replicatas da amostra 3 foram encontrados os valores de 22125,74 Da e 22125,89 Da, e para as replicatas da amostra 4 foram encontrados os valores de 22125,87 Da e 22125,88 Da. Os resultados permitiram a identificação da somatropina nas amostras analisadas em conformidade com o padrão utilizado, de acordo com a massa preconizada pela FE de 22,125 Da. Com o experimento também foi possível definir o erro máximo de massa exata, em ppm, de 65,0 para o padrão e de 38,5 nas amostras, demonstrando a exatidão na determinação inequívoca da massa do hormônio de acordo com a massa de 22125 Da preconizada na FE.