Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17935
Type
ThesisCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record
TERRITÓRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA: MÚLTIPLOS, SINGULARES OU INEXISTENTES?
Atenção Primária a Saúde
Programa Saúde da Família
Descentralização
Política de Saúde
Atenção Primária à Saúde
Descentralização
Programa Saúde da Família
Política de Saúde
Gondim, Grácia Maria de Miranda | Date Issued:
2011
Alternative title
Territories of primary care: multiple, natural or non-existent?Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A tese contextualiza e sistematiza em um quadro analítico os diferentes discursos do
gestor federal, sobre as delimitações territoriais onde se organizam os serviços e as
ações de saúde da Atenção Básica (ABS), em especial aquelas sob a responsabilidade da
Estratégia Saúde da Família (ESF). Analisa a política de ABS e outras normativas a ela
vinculadas, de modo a identificar os territórios onde são instituídas as práticas de saúde,
articulando-os ao contexto institucional e operacional do Sistema Único de Saúde
Brasileiro (SUS), nas esferas nacional, estadual e municipal. No esforço de situar a
problemática em pauta, fez-se um olhar retrospectivo sobre a política de saúde e os
modelos de atenção vigentes no período 1986-2006, como momento significativo de
constituição e fortalecimento do SUS e como construto empírico da análise. Os
discursos proferidos nos textos oficiais junto aos contidos em artigos científicos e teses
sobre o tema compuseram o corpus necessário ao trabalho de pesquisa, para o qual se
utilizou o referencial metodológico da análise de discurso proposta por Orlandi. O SUS
se consolida desde 1988 por meio de modelos de atenção e arranjos organizacionais que
respondem em cada contexto histórico, às necessidades e aos problemas de saúde; aos
perfis de mortalidade e morbidade; a composição demográfica regional e ao
crescimento populacional, e, sobretudo, a organização espacial dos lugares, de modo a
oferecer acesso aos serviços de saúde de qualidade próximos dos cidadãos, e cuidados
humanizados de forma descentralizada e equânime para cumprir os princípios da
universalidade e integralidade da atenção. A partir dos anos 90, dispositivos
infraconstitucionais (leis, portarias e normas) reafirmaram princípios e diretrizes do
SUS e propuseram estratégias para o reordenamento do sistema, vinculando serviços e
usuários a sistemas municipais de saúde, estruturados por redes de atenção em
subsistemas municipais de base territorial, orientados segundo os princípios de
regionalização e hierarquização. A ABS colocada como pilar da organização do sistema
de saúde no Brasil desde os anos 70 equivale à atenção primária à saúde preconizada
pela conferência de Alma Ata em 1978. A busca de instituí-la no país por mais de 30
anos se concretiza com a Portaria nº 646/GM de 28 de março de 2006, que aprova a
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e destaca a ESF como prioritária para
mudança do modelo de atenção. Verifica-se nos enunciados dos documentos oficiais
analisados no período 1990-2006 uma multiplicidade de termos que indicam o
“território” como o lócus privilegiado das práticas de saúde e do fortalecimento da
relação profissional, usuário e comunidade, e a “territorialização” como estratégia de
reconhecimento e localização dos problemas e necessidades de saúde.
Abstract
This present thesis contextualizes and systematizes in an analytical framework the
different discourses of national level managers about territorial demarcations, where
services and activities of Basic Health Care (ABS in Portuguese) are organized, in
particular those under the responsibility of Family Health Strategy (ESF in Portuguese).
ABS policy and other related normative are analysed ,to identify the territories where
health practices, take place, articulated to institutional and operational context of the
Brazilian health system (SUS in Portuguese), along the national, state and municipal
levels. In order to to address this agenda, a retrospective outlook on health policy and
the existing health attention models was performed focusing during the period of 1986-
2006, as a significant moment of constitution and strengthening of SUS and as a
construct for empirical analysis. The discourses registred in official documents, as well
as scientific articles and thesis composed the necessary corpus to the research work,
using the methodological approach of discourse analysis proposed by Orlandi. The SUS
has been consolidated since 1988 by means of health attention models and
organizational arrangements according to each historical context, health problems and
necessities, morbidity and mortality profiles; regional demographic composition and
population growth, and especially the spatial organization of places, intending to offer
access to quality and humanized health care services to citizens, according to the
principles of decentralization, integralization and equity. From 1990s, infraconstitutional
documents (laws, norms and guides) reaffirmed SUS principles and
guidelines and proposed strategies for a system political shift linking services and users
to municipal health systems, which were structured by health care networks configuring
municipal subsystems onto a territorial basis, following the logic of regional and
hierarchical arragements The ABS is assumed as a base stone of health care
organization in Brazil since the 1970s, in agreement to the recommendations of 1978
Alma Ata Conference. The effort of institutionalization during 30 years has been
materialized with norm 646/GM of 28 March 2006, which approved the national policy
for health basic care (PNAB in Portuguese) and highlighted the ESF as a priority to
change the health care model. Several official documents during the period 1990-2006
enunciate a multitude of terms that indicate the "territory" as privileged locus of health
practices and strengthening the relationship among health professionals, users and
community. In this sense, "territorialisation" is assumed as a strategy for recognition
and location of health problems and necessities.
Keywords in Portuguese
TerritorialidadeAtenção Primária a Saúde
Programa Saúde da Família
Descentralização
Política de Saúde
DeCS
TerritorialidadeAtenção Primária à Saúde
Descentralização
Programa Saúde da Família
Política de Saúde
Share