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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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BACK TO THE BASICS: THE DYNAMIC OF INFECTIOUS DISEASES IN CONTEXT
Epidemiologia das doenças infecciosas
Filosofia da biologia
Biologia molecular
Bastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro | Date Issued:
2010
Alternative title
De volta aos fundamentos: a dinâmica das doenças infecciosas no seu contextoAffilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Informações em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A epidemiologia das doenças infecciosas compartilha com a ecologia teórica e empírica a análise integrada da dinâmica de diferentes populações de hospedeiros-patógenos ou presas-predadores-parasitas em contexto, ou seja, como parte de uma vasta rede de interações, redes estas com a dupla natureza de transferência de matéria/energia e sucesso reprodutivo diferencial. Estas dinâmicas se influenciam mutuamente, mas não podem ser automaticamente superpostas uma à outra. A partir da década de 1950, e, especialmente, a partir dos anos 1990, essas análises vêm sendo integradas a análises de fenômenos que têm lugar em um nível micro, o que inclui as dinâmicas das estruturas e redes genômicas e pós-genômicas. Com discutido em detalhe no presente artigo, as perspectivas reducionistas tanto no campo da biologia molecular, como da biologia evolucionista foram instrumentais para o progresso dessas disciplinas na década de 1960 e contribuíram para a adequada compreensão de uma série de fenômenos simples. Contudo, progressos notáveis têm sido feitos no âmbito da biologia molecular, biomatemática e computação, o que faz desses modelos hipersimplificados não apenas falsos em termos de uma compreensão acurada da biologia, mas prejudiciais à avaliação e análise de fenômenos complexos, como a dinâmica do câncer ou a emergência e transmissão de cepas resistentes em ambientes sob pressão antrópica. Visões alternativas existem, ao menos desde o final da década de 1980, como nas propostas de autores como David Hull, e, mais recentemente, de Eva Jablonka e seus colaboradores, entre outros, e devem ser exploradas em detalhe de movo a avançarmos para além do paradigma exclusivamente centrado nos genes. A assim denominada “genética do saco de feijões”, não apenas é hoje desnecessária, como vem funcionando como um obstáculo ao progresso da biologia evolucionista, epidemiologia e da própria biologia molecular. A despeito da enorme popularidade dessas perspectivas simplistas entre o público leigo, aqueles que trabalham na vanguarda da biologia deveriam tentar ser tão precisos em seu trabalho empírico, como consistentes no uso de conceitos e na formulação de programas abrangentes de pesquisa.
Abstract
The epidemiology of infectious diseases shares with theoretical and empirical ecology the integrated analysis of the dynamics of different populations of host-pathogens or preys-predators-parasites in context, i.e. as part of a vast web of interactions, webs with the double character of matter/energy transfer and differential reproductive success. Such dynamics mutually influence each other, but do not map one into each other. After the 1950 and especially after the 1990s, such analyses have been integrated to the analyses of phenomena taking place at the micro-level, including the dynamics of genomic and post-genomic structures and networks. As discussed at length in the present paper, reductionist perspectives in the fields of both molecular and evolutionary biology were instrumental to the progress of such disciplines in the 1960s and have contributed to the understanding of many simple phenomena. Notwithstanding, major progress had taken place in the fields of molecular biology, biomathematics and computation, making such oversimplified models not only misleading in terms of a proper understanding of biology, but detrimental to the assessment and analysis of complex phenomena, such as the dynamics of cancer or the emergence and transmission of resistant strains in environments under anthropic pressure. Alternative views do exist, at least since the late 1980s, as advanced by authors such as David Hull and, more recently, Eva Jablonka and coworkers, among others, and should be fully explored in order to move beyond the strictly gene-centered paradigm. The so-called “beans bag genetics” is not only no longer necessary, but has been hindering the progress of evolutionary biology, epidemiology and molecular biology itself. Despite the enormous popularity of such oversimplified perspectives among the lay audience, those working in the forefront of biology should try to be as precise in their empirical work as sound in the use of concepts and design of comprehensive research programs.
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La epidemiología de las enfermedades infecciosas comparte con la ecología teórica y empírica el análisis integrado de la dinámica de distintas poblaciones hospedero-patógeno o depredador-presa-parásito en contexto, es decir, como parte de una amplia red de interacciones, redes con el doble carácter de transferencia de materia-energía y éxito reproductivo diferencial. Estas dinámicas se influencian mutuamente, pero no pueden ser automáticamente superpuestas, una dentro de la otra. A partir de la década de 1950 y especialmente después de los años 1990, estos análisis se integraron al análisis de fenómenos a nivel micro, lo que incluye la dinámica de estructuras de redes genómicas y postgenomicas. Como se discute en detalle en el presente trabajo, las perspectivas reduccionistas en el campo de la biología molecular y evolutiva fueron instrumentos para el progreso de las mismas en los años 1960, y contribuyeron a la adecuada comprensión de una serie de fenómenos simples. A pesar de esto, los mayores progresos ocurrieron en el campo de la biología molecular, la biomatemáticas y la computación, realizando modelos sobresimplificados, perdiendo no solamente en términos de una adecuada comprensión de la biología sino también en detrimento de la evaluación y análisis de estructuras complejas, tales como la dinámica del cáncer o la emergencia y transmisión de cepas resistentes en ambientes bajo presiones antrópicas. Existen visiones alternativas, al menos desde los años 1980, desarrolladas por autores tales como David Hull y, recientemente Eva Jablonka y co-autores, entre otros, y debe ser explorado para ir más allá del estricto paradigma centrado en los genes. La llamada “genética de la bolsa de frijoles” no solo es innecesaria sino que ha escondido el progreso de la biología evolutiva, epidemiología y biología molecular misma. A pesar de la gran popularidad de tales perspectivas sobresimplificadas entre la audiencia lego, aquellos que trabajan en la vanguardia de la biología deberían intentar ser tan precisos en su trabajo empírico como consistentes en el uso de conceptos y diseños de programas de investigación exhaustivos.
Keywords in Portuguese
EcologiaEpidemiologia das doenças infecciosas
Filosofia da biologia
Biologia molecular
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