RADIS - Número 42 - Fevereiro

Abstract

A Revista aborda a importância de democratizar os meios de comunicação e diversificar as fontes de informação, bem como quebrar o monopólio na informática através do uso de software livre, como estratégias cruciais para a sociedade brasileira. No entanto, ele ressalta que a comunicação em saúde vai além disso, conforme discutido no I Seminário Nacional de Informação, Comunicação e Informática em Saúde, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). Destaca que, atualmente, a saúde é frequentemente tratada na mídia como um assunto de interesse e consumo individual, promovendo clínicas, planos de saúde e indústrias privadas, enquanto, no contexto da saúde pública, a comunicação muitas vezes se limita ao que a mídia e as assessorias de imprensa fazem, resultando em campanhas pouco esclarecedoras ou cartilhas com linguagem simplificada. Os participantes do seminário defendem a necessidade de priorizar a mobilização e articulação dos conselhos de saúde, em vez de focar na grande mídia. Eles sonham com a inclusão digital e uma comunicação direta entre os conselhos, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e os trabalhadores de saúde. O texto também destaca a importância da comunicação como um elemento central da democracia, enfatizando que cada instituição e grupo político disputa o poder de comunicar, dar sentido a informações e influenciar a opinião pública. Portanto, a comunicação é vista como uma forma de poder constante. No entanto, a comunicação em saúde deve ser mais do que uma via de mão única. Ela deve envolver ouvir, dialogar e estabelecer vínculos essenciais com os outros, buscando a interação e mobilização na sociedade. Em última análise, a comunicação em saúde não é apenas "de/para", mas sim "com/entre".