RADIS - Número 69 - Maio

Abstract

A resposta à pergunta do leitor de Pouso Alegre/MG é bastante encorajadora: compartilhar as matérias da revista com outros profissionais de saúde mental é não só permitido como incentivado. A revista se propõe a ser um veículo para o combate de preconceitos e a conscientização, especialmente em temas críticos de saúde pública como a tuberculose. O exemplo do Grupo de Apoio a Ex-Pacientes, Pacientes e Amigos do Combate à Tuberculose, no Rio de Janeiro, ilustra bem essa necessidade de apoio mútuo, uma vez que o Brasil ainda registra 111 mil novos casos de tuberculose por ano e 6 mil mortes. Segundo a especialista Margareth Dalcolmo, a responsabilidade também recai sobre o sistema de saúde, que muitas vezes falha em ser eficiente no tratamento. Além disso, a seção **Pós-Tudo** traz uma discussão sobre inovações na saúde coletiva, e o pesquisador Carlos Morel destaca a importância de compartilhar esses avanços, seja por tecnologias digitais ou através de trocas pessoais. Essa ideia de socialização também é enfatizada por Renato Janine Ribeiro, presidente da Capes, ao exaltar a interdisciplinaridade na academia, sugerindo que é preciso abrir espaço para a novidade, mesmo em um ambiente acadêmico tradicionalmente rígido. Em relação a outras áreas de saúde e meio ambiente, o cientista Carlos Nobre adverte que as regiões mais vulneráveis do Brasil, como o Nordeste, pagarão o preço mais alto pelas mudanças climáticas, mesmo sendo as menos responsáveis pela emissão de gases. No campo das políticas públicas e saúde, o debate sobre a dengue no Rio de Janeiro revela a responsabilidade das autoridades públicas na gestão de crises de saúde, enquanto a exclusão discriminatória da comunidade GLBTT na doação de sangue às vítimas da doença é outro tema polêmico que agora encontra um forte apoio para ser revisto, graças à aprovação da Proposta 40 da 13ª Conferência Nacional de Saúde. A luta contra o amianto, representada por Ruth Nascimento, vítima de asbestose, e Fernanda Giannasi, da Rede Virtual-Cidadã, continua como um exemplo de resiliência e ativismo em prol da saúde e do bem-estar coletivo, mostrando que essas batalhas, ainda que individuais, têm um impacto coletivo na sociedade. Assim, ao socializar as matérias da revista, o leitor contribui para o fortalecimento dessas redes de apoio e disseminação de conhecimento, fundamentais para a melhoria da saúde pública e a redução de desigualdades.