RADIS - Número 83 - Julho

Abstract

O texto destaca a importância do RADIS como um espaço para debater e aprimorar a Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde (SUS) ao longo de seus 27 anos de existência. Aborda questões como farmácias populares, fundações estatais de direito privado e unidades de pronto-atendimento (UPAs), ressaltando que as divergências surgem entre os próprios construtores do SUS. Discute o dilema de como alguém poderia se opor a uma UPA que oferece atendimento 24 horas, diversos serviços médicos e hospitalares, mas também aponta os problemas que essas unidades enfrentam, como gestão privada, falta de serviços especializados e contratações precárias. Os críticos expressam preocupações de que a lógica de atendimento de urgência das UPAs possa prejudicar a atenção básica, competir por investimentos com a rede básica e desviar recursos necessários para a atenção integral à população. O texto apresenta opiniões de ambos os lados e de usuários de uma unidade carioca. Além disso, destaca outras questões, como a necessidade de foco na educação e no conhecimento para o desenvolvimento do Brasil, a desigualdade fundamentada na escravidão e a redução da participação da União no custeio da saúde. Também menciona a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, o projeto de reforma tributária no Congresso e a aprovação da "MP da grilagem" pelo Senado, que regulariza ocupações irregulares de terras na Amazônia, gerando controvérsias e protestos. Por fim, menciona a crescente judicialização da saúde e como afeta figuras respeitadas no campo da saúde pública.