Abstract in Portuguese | O 9º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, aparentemente um evento massificado, revela, através de meticulosas anotações, discussões transversais e politizadas. Com 7 mil participantes e 10.700 resumos inscritos, o congresso destaca-se pela busca da "democratização radical da sociedade", conforme a Carta de Olinda. Diferenciando-se de eventos anteriores, a exposição de pôsteres adota uma abordagem mais dinâmica, com um dia de exibição por trabalho e discussões em ilhas temáticas. A participação ativa de acadêmicos e profissionais de todo o país reflete um retorno à ação política e acadêmica, reminiscente das reuniões da SBPC. O evento acolhe críticas anteriores ao incorporar novos discursos, incluindo vozes das residências multiprofissionais, graduações e mestrados profissionais. Durante o congresso, a plateia expressa apoio ao presidente Lula, mas também se manifesta contra leis como o Ato Médico e as fundações estatais de direito privado. A preocupação com temas como a Reforma Sanitária permanece evidente até o último dia. Metáforas sobre fome e o legado de Josué de Castro ganham destaque, demonstrando que, em saúde, inovação significa acesso universal e equitativo. Em meio às ameaças globais das mudanças climáticas, duas sínteses emergem: "Sabemos muito sobre doenças e quase nada sobre saúde", alerta uma doutora em antropologia e saúde, enquanto outra destaca que "Educação, casa digna e lazer promovem a saúde". O evento, sintetizado em 24 páginas de uma revista, aborda uma ampla gama de temas, debates e pesquisas, indicando a riqueza e diversidade do campo da saúde coletiva. | pt_BR |