RADIS - Número 92 - Abril

Abstract

O texto destaca a violência como um problema de saúde pública no Brasil, especialmente a violência de gênero e intrafamiliar, considerada uma epidemia. Argumenta que essa violência está enraizada em relações doentias historicamente construídas e legitimadas, geralmente originando-se da parte que detém o poder na relação. Destaca a importância dos direitos humanos como antídoto contra a violência, mesmo enfrentando descrédito em alguns casos. A Lei Maria da Penha é abordada como uma conquista no combate à violência, embora alguns busquem derrubá-la. O texto propõe sua aperfeiçoamento e ampliação. Duas experiências são apresentadas como exemplos positivos: em Curitiba, uma rede de instituições proporciona respeito, acolhimento e justiça em casos de violência sexual, enquanto em Nova Iguaçu, grupos de terapia buscam ajudar homens agressores a refletirem sobre seus atos e mudarem comportamentos. A edição também discute a discriminação de pessoas com deficiência, o bullying entre estudantes e a reversão da dependência de crack na saúde pública. O equilíbrio entre direitos individuais e coletivos é abordado na questão da judicialização da saúde. O artigo de Leonardo Boff destaca a violência contra o planeta e propõe uma "ecologia mental" como antídoto, buscando uma revolução no pensamento e uma mudança de paradigma civilizatório. Critica a corrida pelos dividendos do petróleo no pré-sal brasileiro e destaca a importância de investir em alternativas limpas de energia para preservar o meio ambiente, considerando a interconexão entre terra e humanidade.