RADIS - Número 95 - Julho

Abstract

O termo "ambiencídio", não registrado nos dicionários, destaca-se como uma crescente preocupação em relação às diversas formas de destruição ambiental, incluindo a impactante influência dos agrotóxicos no Brasil. Esses produtos, fundamentais para o agronegócio, destroem ecossistemas, afetam a biodiversidade e contribuem para a concentração de terras, expulsando comunidades do campo para as periferias urbanas. O uso indiscriminado desses químicos expõe trabalhadores, comunidades e consumidores a níveis alarmantes de contaminação. O Brasil, líder mundial no consumo de agrotóxicos, enfrenta questionamentos de instituições como Anvisa e Fiocruz, que buscam pesquisa, controle e regulação para reduzir esses impactos negativos. Além disso, o texto aborda ameaças ambientais e injustiças em todo o país, destacando a importância da informação no enfrentamento desses problemas. Um mapa digital desenvolvido pela Fiocruz e a Fase visa dar visibilidade a mais de 300 conflitos socioambientais no "Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil", utilizando dados fornecidos pelas populações afetadas. A edição também destaca a participação da imprensa na prevenção ao suicídio e a discussão sobre humanizar a arquitetura de serviços de saúde, reduzindo seu impacto ambiental. Por fim, o texto menciona a trágica morte de Uelson José Araújo, líder indígena xukuru, vítima de um incidente em Pernambuco. A perda é considerada significativa para a defesa dos direitos humanos e da cultura indígena, levantando questionamentos sobre possíveis motivações truculentas por parte dos inimigos desses direitos e do meio ambiente.