RADIS - Número 97 - Setembro

Abstract

O texto aborda a importância da intersetorialidade na compreensão da vida e saúde humanas, destacando sua relevância na Reforma Psiquiátrica brasileira. A intersetorialidade surge como estratégia fundamental em eventos de saúde mental, como o 2º Congresso Brasileiro e a 3ª Conferência Nacional, nos quais debates e depoimentos abordaram desafios e perspectivas na luta antimanicomial e na atenção à saúde mental. A preocupação central envolve a busca por alternativas aos manicômios, ampliando e qualificando tratamentos fora de instituições asilares, especialmente para casos de crise e usuários de substâncias. Participantes incluíram usuários, profissionais e representantes de diversas áreas, enfatizando temas como o lugar de fala dos adolescentes, a importância da economia solidária, articulações sociais, valorização profissional e financiamento da saúde pública. O texto destaca a necessidade de a saúde mental se abrir para outras áreas, promovendo a substituição do "ou" pelo "e" para construir um novo movimento sanitário. Além disso, a abordagem intersetorial é evidenciada na matéria sobre nutrição entre populações indígenas, considerando fatores econômicos, políticos e culturais que influenciam hábitos e doenças. Às vésperas das eleições, sanitaristas expressam suas expectativas para os futuros governantes, propondo uma agenda que destaca ações que poderiam ter sido realizadas por governos anteriores. O texto encerra com a antecipação da centésima edição da revista Radis, destacando seu papel como fórum de discussão nacional e fonte valiosa para consulta, convidando os leitores a participarem de uma enquete sobre preferências e uso da revista.