RADIS - Número 127 - Abril

Abstract

O texto aborda a metáfora do copo meio cheio, meio vazio, relacionada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Destaca a parte positiva do SUS, concebido como parte de uma grande Reforma Sanitária, mas ressalta que há aspectos invisíveis que precisam ser discutidos. Entrevistas com atores sociais envolvidos na construção do SUS revelam a necessidade de maior compromisso político, investimento, financiamento, melhor gestão, valorização dos profissionais de saúde e participação social. Os depoimentos abordam erros e acertos, destacando a importância de superar a visão de saúde como mercadoria e enfatizando o direito amplo à saúde. O texto alerta para a pressão da economia liberal e interesses de mercado sobre o princípio universal do direito à saúde. Também menciona uma denúncia envolvendo a presidenta Dilma Rousseff, acusada de negociar fundos públicos com seguradoras e empresas de planos de saúde, o que, se confirmado, representaria um rompimento com a Reforma Sanitária. A notícia provocou debates e críticas de entidades ligadas à saúde coletiva, questionando a possível redução do papel do SUS e o abandono da população. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, posteriormente negou as acusações. O texto conclui mencionando que, apesar dos 25 anos de desafios na implementação do SUS, a reação rápida da sociedade indica que não há mais tolerância para desvios na direção do sistema de saúde.