RADIS - Número 128 - Maio

Abstract

O texto aborda questões relacionadas à resistência de grupos sociais contra a onda conservadora que afeta o Brasil e o mundo. Destaca a preocupação com o fundamentalismo econômico, político e religioso, que resulta na subtração de direitos e garantias, afetando condições dignas de vida. Na Europa, a reação ao desmonte do estado de bem-estar social é evidenciada, com impactos nos sistemas de saúde e previdência. Na América do Sul, novas leis anunciam o direito universal à saúde, mas a segmentação dos sistemas e desigualdades ameaçam a equidade e integralidade da atenção. No contexto brasileiro, a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados nas mãos de um representante contrário aos princípios de igualdade e respeito aos direitos humanos levanta preocupações sobre retrocessos civilizacionais. O texto destaca a ameaça a grupos específicos de menor poder, como mulheres, pessoas LGBT, indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais e comunidades urbanas pobres. Ao abordar movimentos de gênero, raça, etnia e segmento social, o texto ressalta que, ao lutarem por mudanças e reparações, esses grupos podem desafiar tradições conservadoras e ampliar direitos individuais e coletivos. O exemplo da defesa das pessoas LGBT pelo secretário-geral da ONU é citado como um compromisso com o dever legal de proteger a todos. No contexto da construção do Sistema Único de Saúde brasileiro, o texto destaca a importância de políticas e experiências de atenção específicas para grupos como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Isso vai além da universalização, buscando equidade e integralidade no cuidado, estabelecendo precedentes positivos para toda a coletividade.