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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27010
Type
ThesisCopyright
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Sustainable Development Goals
04 Educação de qualidadeCollections
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A FORMAÇÃO EM GESTÃO EM SISTEMAS UNIVERSAIS DE SAÚDE: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE BRASIL E ESPANHA
Cunha, Maria Luiza Silva | Date Issued:
2018
Alternative title
Management training in universal health systems: similarities and differences between Brazil and SpainAuthor
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O estudo teve como principal objetivo analisar a formação em gestão em saúde no
Brasil com base nas semelhanças e diferenças com a Espanha. Para tal, valeu-se de elementos
históricos e de organização de cursos nos dois países. Partiu-se do entendimento que essa
formação é uma construção social e histórica que se dá em um contexto do qual fazem parte
diferentes agentes sociais, interesses e projetos em disputa. Adotou-se uma abordagem
qualitativa da realidade e utilizou-se como técnicas de pesquisa a entrevista e a pesquisa
documental. Foram pesquisados nove cursos no Brasil e quatro na Espanha, de diferentes
níveis de formação, pertencentes a instituições públicas e privadas de ensino. Das vinte e
cinco entrevistas realizadas, dez foram com formuladores e condutores da política de saúde e
educação a respeito da história da formação da gestão em saúde no Brasil e na Espanha e
quinze com coordenadores de curso. Os resultados foram organizados nos dois eixos
temáticos da pesquisa: antecedentes históricos e experiência concreta de formação. No
primeiro, a partir do contexto institucional de origem, oferta formativa inicial,
institucionalização e características. Um dos temas evidenciados foi relativo à
profissionalização da gestão. Ainda que presente nos dois países, na Espanha o mesmo
assumiu contornos institucionais distintos com avanços significativos em período recente. No
segundo eixo a base foi o surgimento do curso, a construção do currículo e a perspectiva de
futuro. Apreendemos que a incorporação dos componentes curriculares como aqueles
voltados à gestão clínica e à gestão da qualidade se agregaram aos conteúdos mais
tradicionais, como aqueles da administração e da política de saúde. Esse fato contribui para
que o ensino da gestão se pareça com um ‘mosaico’, com muitos desenhos e configurações
em função das contribuições de diferentes áreas disciplinares. Entendeu-se que o ensino da
gestão, a partir de diferentes ferramentas e técnicas, não deveria prescindir da sua
compreensão como um processo de interação social, que produz e reproduz relações de força
e de dominação. Acredita-se que essa compreensão estaria relacionada à perspectiva crítica de
formação, que se daria a partir do ensino dos fundamentos da gestão, vista como um processo
presente no trabalho de cada profissional e da organização como um todo e pelo entendimento
do caráter relacional, de interação e de produção de subjetividade existente na gestão em
saúde.
Abstract
The study’s main objective was to analyze health management training in Brazil based
on similarities and differences with Spain. The author drew on historical and organizational
elements from courses in the two countries. The premise was that such training is a social and
historical construction that takes place in a context with various social agents, interests, and
projects vying with each other. The study took a qualitative approach to the reality and used
interviews and document search as the techniques. Nine courses were studied in Brazil and
four in Spain, with different levels of training, and belonging to public and private teaching
institutions. Ten of the 25 interviews were with policymakers and administrators in health and
education, concerning the history of health management training in Brazil and Spain, and the
other 15 were with course coordinators. The results were organized along two thematic lines:
historical background and actual training experience. The first was based on the original
institutional context, initial training supply, institutionalization, and characteristics. One of the
themes that appeared was management professionalization. Although the latter theme was
present in both countries, in Spain it showed distinct institutional contours with significant
recent advancements. The second thematic line focused on the courses, curriculum
development, and prospects for the future. We found that the incorporation of curricular
components such as clinical management and quality management add to the traditional
course contents like health administration and health policy. This has made health
management training appear as a ‘mosaic’, with many different designs and configurations
resulting from multidisciplinary contributions. Based on the findings, teaching in health
management, with different tools and techniques, should maintain its understanding as a
process of social interaction that produces and reproduces relations of force and domination.
We contend that this understanding involves a critical training perspective that unfolds
through teaching the fundamentals of management, viewed as a process that is present in each
professional’s work and that of the organization as a whole, and the understanding of
training’s relational nature, interaction, and production of subjectivity in health management.
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