Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/29584
Type
ArticleCopyright
Open access
Collections
- COC - Artigos de Periódicos [1196]
Metadata
Show full item record
AS ELITES DE COR: THALES DE AZEVEDO E O PROJETO UNESCO DE RELAÇÕES RACIAIS NO BRASIL
Maio, Marcos Chor | Date Issued:
2017
Alternative title
As Elites de cor: Thales de Azevedo and the UNESCO race relations project in BrazilAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, R.J. Brasil.
Abstract in Portuguese
Este artigo tem por objetivo abordar a participação de Thales de Azevedo no ciclo de pesquisas sobre as relações raciais no Brasil, patrocinado pela UNESCO no início da década de 1950, e, sobretudo, abordar sua investigação que resultou no livro As Elites de Cor: um estudo de ascensão social. Em seu estudo, o processo de modernização da sociedade baiana, os desafios à tradição e a dinâmica da mobilidade social são concebidos como potenciais geradores de conflito racial. Esses resultados revelam uma densa pesquisa socioantropológica das relações entre negros, mulatos e brancos em Salvador, ainda que, por vezes, coloquem em tensão as linhas interpretativas mais gerais de seu trabalho sobre a alegada convivência racial harmônica. Inicialmente o artigo versa sobre a trajetória de Thales de Azevedo da medicina social à antropologia. A segunda parte do texto se atém ao contexto de produção da investigação e a análise de “As Elites de Cor”. Diferente da visão comumente aceita de que a intenção do projeto UNESCO de relações raciais era demonstrar que o Brasil representava uma espécie de paraíso racial, o estudo socioantropológico de Thales de Azevedo evidencia que, desde o início do ciclo de pesquisas da UNESCO, houve um interesse da instituição em abordar as desigualdades sociorraciais no Brasil. A investigação da dinâmica da ascensão social das pessoas de cor foi um importante desafio assumido pela agência internacional para tornar inteligíveis as assimetrias raciais.
Abstract
The article addresses anthropologist Thales de Azevedo’s participation in the early
1950s cycle of research on race relations in Brazil sponsored by UNESCO, particularly
the studies behind his book As Elites de Cor: um estudo de ascensão social.
In Azevedo’s book, the process of modernization, challenges to tradition, and the
dynamics of social mobility in Bahia society are framed as potential triggers of racial
conflict. This perspective stands in contrast with the positive view of alleged
harmonious racial coexistence that the author voices in these same pages. After first
examining Azevedo’s shift from social scientist of social medicine to anthropology,
the article explores the context in which he conducted his study and analyses As
Elites de Cor. While it is often held that the aim of the UNESCO race relations project
was to show that Brazil represented a kind of racial paradise, Azevedo’s socio-
-anthropological study made it clear that, right from the outset of the research, the
international agency was interested in probing Brazil’s social and racial inequalities.
UNESCO faced the important challenge of investigating the social mobility dynamics
concerning persons of color in order to elucidate racial asymmetries.
Share