Estudo da morbidade hospitalar por acidentes de moto no agreste meridional nos anos 2011 e 2012

Abstract

O Estudo da Morbidade hospitalar de Emergência motivados por acidentes envolvendo motocicletas, oportuniza o planejamento e execução de ações de saúde, subsidiando também as necessidades para a pratica profissional. O objetivo principal é analisar a Morbidade, através do perfil de saúde, referentes as vitimas de Acidentes por Motocicleta, na demanda do Hospital Dom Moura, de referencia em Garanhuns, sede da V Região de Saúde de Pernambuco para traumas. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa do tipo transversal, avaliando a morbidade e os fatores associados aos motociclistas. O estudo foi realizado em Unidade Sentinela (USIATT), onde a coleta foi realizada através do Registro das vitimas e registrados no Núcleo de Epidemiologia e do Arquivo Medico (SAME), durante os anos de 2011 a 2012. As variáveis, relativas aos dados dos acidentes de moto e suas circunstancias, para o perfil de saúde foi a USIATT e SAME, para a Morbidade foi a Ficha de Atendimento de Urgência (FAU) e para a gravidade foram a FAU e o Laudo da Autorização de Internação Hospitalar. Foram criados dois bancos de dados, sendo um da morbidade e gravidade e o outro do perfil que foram digitados e tabulados no programa Epiinfo (versão 3.5.4). A analise dos dados foi realizada com a utilização do pacote estatístico e por linkage manual. Os principais achados foram os seguintes: aumento de acidentes de moto em 65%, os meses freqüentes foram de janeiro a abril, redução do numero de atendimentos sem terapia informada e com aumento de atendimentos com terapia e observação, além do numero de internamentos e transferências ocorridos nos fins de semana, onde o sexo masculino predomina com aumento do tipo de vitima independente de ser passageiro adequado ou inadequado, e o tipo do acidente refere-se a tombamento/capotamento ocorridos na zona rural, onde aumenta entre os adolescentes e que os fatores de risco foram o uso do celular, da bebida alcoólica e os de proteção foram o uso do capacete e da habilitação. Esse estudo demonstra que vivemos numa epidemia silenciosa, onde a morbidade por acidentes de transito são pouco estudados, mas a partir da implantação dos sistemas de vigilância epidemiológica das unidades sentinelas, melhorou significativamente em Pernambuco assim como as demais regiões de saúde do nosso estado.