Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33967
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record
ANÁLISE DAS COMPRAS FEDERAIS DE AGENTES IMUNOSSUPRESSORES NO BRASIL ENTRE 2006 E 2015
Alves, Jéssica de Castro | Date Issued:
2017
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
Os agentes imunossupressores são recomendados para o tratamento de doenças autoimunes e na preparação e manutenção de transplantes. O alto custo desses medicamentos tem causado um importante impacto nas despesas farmacêuticas globais. Foram analisadas as despesas com imunossupressores no Brasil, utilizando dados do Sistema Federal de Compras (SIASG), entre 2006 e 2015. Os produtos farmacêuticos foram classificados de acordo com o sistema WHO-ATC / DDD e agregados por volume e por despesa. A variação da despesa foi decomposta em três grandes categorias: preço, quantidade e escolha terapêutica. Durante o período, as despesas anuais aumentaram 30.562%, variando de R$ 9,4
milhões em 2006 para R$ 2,9 bilhões em 2015, enquanto o volume, em unidades de embalagem, aumentou 294%, variando de 49,8 milhões e
m 2006 a 196,5 milhões em 2015. Os inibidores de TNF-α, medicamentos biológicos utilizados na artrite reumatóide, psoríase e lúpus, representaram a maioria dos gastos (R$ 8,8 bilhões ou 67%), enquanto os inibidores da calcineurina, utilizados principalmente para indução e manutenção da imunossupressão pós-operatória em transplantes foi o principal subgrupo em termos de volume adquirido (53%). Dois fatores foram responsáveis pelo aumento dos gastos: a quantidade adquirida e a escolha terapêutica. A quantidade adquirida foi o principal fator que contribuiu para o aumento das despesas com imunossupressores (L04A) e
para quase todos os subgrupos, especialmente para os inibidores da interleucina. Já a escolha terapêutica teve efeito positivo no aumento das despesas nos "outros imunossupressores" e nos imunossupressores seletivos. Os resultados obtidos podem contribuir para entender as tendências de gastos com imunossupressores e
os fatores que os influenciam a fim de formular estratégias eficazes de contenção de custos. Recomendam-se avaliações rigorosas para reduzir o efeito da escolha terapêutica, incluindo sistemas para monitorar preços, eficácia, segurança, valor terapêutico e impacto orçamentário das inovações farmacêuticas.
Abstract
Immunosuppressants are recommended for treatment of
autoimmune
diseases, and in transplant therapy. The high cost o
f these drugs has been causing
an important impact on global pharmaceutical spendin
g. We analyzed
immunosuppressant expenditure in Brazil, using data f
rom the Federal Procurement
System database, between 2006 and 2015. The pharmaceu
tical products were
classified in accordance with the WHO-ATC/DDD system
and aggregated by volume
and by expenditure. The expenditure variation was d
ecomposed into three broad
categories: price effects, quantity effects, and drug
mix effects. During the period,
annual expenditure increased 30,562%, ranging from R$
9.4 million in 2006 to R$ 2.9
billion in 2015, while volume, in packaging units, inc
reased 294%, ranging from 49.8
million in 2006 to 196.5 million in 2015. TNF-α inh
ibitors, which are biologic drugs
used in rheumatoid arthritis, psoriasis and lupus a
ccounted for the majority of
expenditures (R$ 8.8 billion or 67%), while calcineu
rin inhibitors, synthetic drugs
used mainly for induction and maintenance of postop
erative immunosuppression,
were the main class in volume (53%). Two factors drov
e expenditures: the quantity
effect and the drug-mix effect. The first was the ma
in contributing factor to the
increase in total immunosuppressant group expenditur
es, and for almost all
subgroups, especially for interleukin inhibitors. Dr
ug-mix had positive effect on ‘other
immunosuppressants’, on selective immunosuppressant
s, and presented a very
modest effect on calcineurin inhibitors. These find
ings may contribute to understand
immunosuppressant spending trends and the factors th
at influence them in order to
formulate effective cost containment strategies and
design optimum drug policy.
Rigorous evaluations are recommended to reduce the d
rug-mix effect, including
systems to monitor price, effectiveness, safety, th
erapeutic value and budget impact
of pharmaceutical innovations.
Share