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Type
DissertationCopyright
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Sustainable Development Goals
05 Igualdade de gêneroCollections
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PREVALÊNCIA DO ANTÍGENO DE SUPERFÍCIE DO VÍRUS DA HEPATITE B EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL NA CIDADE DE MAPUTO
Uetela, Dorlim Moiana | Date Issued:
2015
Author
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O Vírus da Hepatite B (HBV) infecta 2 biliões de indivíduos no mundo, dos quais 400 milhões transformam-se em portadores crónicos e um milhão morre por ano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a hepatite B é endémica em Moçambique, onde espera-se que a prevalência seja igual ou superior a 8% e a transmissão vertical seja a principal forma de perpetuação da infecção. É também um dos países com maior prevalência, a nível mundial, do carcinoma hepatocelular (CHC), que é a mais grave e fatal complicação da infecção pelo HBV. Adicionalmente, é um país de alta prevalência do Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV) que, como se sabe, coinfecta indivíduos HBV positivos. Esta coinfecção influencia negativamente a evolução da infecção pelo HBV e exige uma intervenção médica mais cuidadosa e dispendiosa do que seria indicado em caso de monoinfecção. O presente estudo foi realizado em quatro unidades sanitárias da cidade de Maputo, onde 4.000 mulheres em idade fértil foram rastreadas para determinar a prevalência da infecção pelo HBV nesta população. A prevalência de hepatite B activa (HBsAg positivo) encontrada foi de 2,9% (95% IC 2,4 \2013 3,4) e a prevalência de HIV entre as mulheres HBsAg positivas foi de 28% (95% IC 20,2 \2013 36,6). Mais de um parceiro sexual; troca de sexo por dinheiro, bens ou serviços; relação sexual ocasional desprotegida; escarificação por médico tradicional; uso de drogas injectáveis; história de transfusão sanguínea e antecedente de infecção de transmissão sexual (ITS), nos últimos 6 meses, foram os factores de risco investigados nas mulheres HBsAg positivas O factor de risco mais observado foi escarificação por médico tradicional. Com o presente estudo, demonstramos que a prevalência de hepatite B activa nas mulheres em idade fértil, na cidade de Maputo, é intermédia (entre 2-7%) e que a coinfecção HBV/HIV é importante. O rastreio de HBsAg às mulheres grávidas e indivíduos HIV positivos, a adopção do esquema de imunização recomendado pela OMS e a introdução do tratamento para hepatite B, em monoinfeção, no Sistema Nacional de Saúde (SNS), devem ser considerados para o controle da infecção pelo HBV em Moçambique.
Abstract
Two billion people in the world are infected with Hepatitis B virus (HBV), of which one million die per year and 400 million will become chronic carries. According to the World Health Organization (WHO), Hepatitis B infection is endemic in Mozambique, where the prevalence is expected to be equal or superior to 8% and vertical transmission the main mechanism for perpetuating the infection. Mozambique is also among the countries with the
highest prevalence of hepatocellular cancer (CHC) which is the most severe and fatal complication of HBV infection. Moreover, it is a country with a high prevalence of HIV, which is known to co-infect HBV positive individuals and to negatively influence the progression of HBV infection. HBV/HIV co-infection requires more careful and costly treatment when compared to HBV mono-infection. The present study was undertaken in four health facilities in Maputo City, where 4.000 women of child bearing age were screened to
determine the prevalence of HBV infection in this population. The prevalence of active hepatitis B (HBsAg positive) was found to be 2,9% (95% CI 2,4 – 3,4). Among those positive to HBsAg, HIV was identified in 28% (95% CI 20,2 – 36,6). The HBsAg positive women were assessed for exposure to the following risk factors in the previous 6 months: more than one sex partner; exchange of sex for money, goods or services; occasional unsafe sex; use of
injectable drugs; blood transfusion; Sexually Transmitted Infections (STI) and scarifications by traditional healers. The latter was the most observed risk factor. With the present study we demonstrated that the prevalence of active hepatitis B in women of child bearing age is intermediate (between 2 to 7%) and that HBV/HIV co-infection is substantial. The screening for HBsAg in pregnant women and HIV positive individuals, the adoption of the
immunization Schedule recommended by the WHO and the introduction of the treatment for hepatitis B monoinfection should be considered for the control of HBV infection in Mozambique.
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