Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34401
ENCHENTES E SAÚDE: LEVANTAMENTO DAS DIFERENTES ABORDAGENS E PERCEPÇÕES, REGIÃO DO MÉDIO PARAÍBA, RJ
Ximenes, Elisa Francioli | Date Issued:
2010
Alternative title
Floods and health: overview of different approaches and perceptions, the Middle Paraíba Region, RJAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
As enchentes no Brasil aparecem de forma cada vez mais freqüente e intensa,
sendo um desafio para as populações e governantes que enfrentam conjuntamente
obstáculos ambientais, sociais e técnicos na tentativa de redução dos seus impactos. No
Brasil várias regiões se encontram expostas a condições de vulnerabilidade que
potencializam o impacto das enchentes, combinando aspectos sociais, ambientais,
políticos, econômicos e culturais. Esta característica das enchentes em contextos
vulneráveis torna difícil separar o que é ―natural‖ e o que é ―social‖ neste tipo de
evento. O objetivo deste trabalho foi analisar como os Gestores Municipais de Saúde,
Meio Ambiente e Defesa Civil e as Instituições Acadêmicas (produção científica) vêm
lidando com a questão das enchentes e como vêm se propondo respostas às enchentes
(políticas públicas, planejamento, programas de prevenção, combate e mitigação). Para
análise das instituições acadêmicas foi realizada uma ampla revisão bibliográfica
abordando a relação Enchentes e Saúde Pública. Para o levantamento da percepção dos
gestores foram aplicados questionários para os de Saúde, de Meio Ambiente e da Defesa
Civil da Região do Médio Paraíba (RJ), com questões acerca do problema das enchentes
em seus municípios de atuação.
Encontramos uma situação em que, de modo amplo, pouco tem se considerado
acerca de dimensões importantes como a vulnerabilidade das populações, a presença
dos perigos, a exposição e as incertezas que permeiam o universo dos desastres em
geral. Em relação à gestão da Região do Médio Paraíba, encontramos poucas ações de
prevenção e combate as enchentes, onde a maioria das ações de mitigação ocorrem após
o desastre ter ocorrido. Consideramos que a forma de ver e pensar um problema
ambiental influencia diretamente na forma de lidar e resolver o mesmo. Se o
entendimento acerca das causas das enchentes acontece de forma limitada e
reducionista, sem levar em consideração a complexidade existente, pode-se esperar que
as soluções também tenham a mesma natureza.
Abstract
Floods in Brazil happens lately more often and with more intensity. This creates
an immense challenge for the populations and local governors that together face
obstruction of all kind, environmental, politic, social and technical, when trying to
reduce the impact caused by such catastrophes. Several regions in Brazil are immersed
in vulnerable conditions, being them social, environmental, political, economical and
cultural, which raise the impact of those disasters. Those regions' vulnerable conditions
make it difficult to separate what is "natural" and what is "social" in the consequences
of floods.
The aim of this thesis was to analyse how the City Councils and their Health,
Environment and Public Defence Departments and the Academic Institutions have been
dealing with the floods problems and the measures and answers done through political
decisions, planning and program for action, prevention and mitigation.
To analyse the academic institutions we made a wide bibliographic revision about the
relation between floods and public health. To research about how the governors
perceive the whole problem, questionnaires about their actions toward the floods were
set to the people responsible for the area called "Região do Médio Paraíba", State of Rio
de Janeiro.
We found out that, in general, little have been considered about important issues
as the populations' vulnerability and exposure, the presence of dangers and the
uncertainty of the disasters. We found that very little was done, in the "Regiao do Médio
Paraíba", to prevent and minimize the floods. Most of the actions there were done after
the catastrophes had happened. We believe that the way of looking at and thinking
about environmental problems is decisive to define the way the decisions will be made
about how to deal and solve them. If the understanding of the floods and its causes is
limited and reductive, without considering the existent complexity, we can only expect
that the outcome of action and procedures will be as disappointing and inefficient.
Share