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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34524
Type
DissertationCopyright
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
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A REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE COMO TÉCNICA AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO DE MALÁRIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE DE REFERENCIA EM MINAS GERAIS
Polimerase
Diagnóstico
Malária
Serviços de saúde
Minas Gerais
Costa, Daniela Camargos | Date Issued:
2010
Alternative title
The polymerase chain reaction technique to assist in diagnostic malaria in health services reference in Minas GeraisAuthor
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Abstract in Portuguese
O diagnóstico de rotina para malária humana continua sendo um desafio para os laboratórios dos países onde a doença é endêmica. Nestas áreas, o diagnóstico de rotina continua sendo a microscopia óptica (MO), que apesar de sua relativa simplicidade e baixo custo, depende de um microscopista bem treinado. Diante desta limitação, a partir da década de 90, muitos protocolos baseados na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) têm sido publicados, o que tem permitido a identificação e caracterização das espécies de plasmódios. O grande impacto da PCR tem sido, principalmente, em estudos epidemiológicos, pela possibilidade de detectar parasitas abaixo do limite de detecção da MO. Entretanto, poucos estudos têm validado a PCR em laboratórios de referência de países endêmicos, onde os microscopistas são capazes de detectar parasitemias tão baixas quanto 5 parasitas/μL de sangue. Diante disso, propôs-se, no presente trabalho, avaliar a técnica de PCR como ferramenta auxiliar no diagnóstico de malária em Serviços de Saúde de referência para o diagnóstico laboratorial de malária em Minas Gerais. Inicialmente, o desempenho de duas técnicas moleculares, a Nested-PCR e a PCR em Tempo Real, foi avaliado em 94 amostras de campo. Os resultados permitiram concluir que não houve diferença estatisticamente significativa entre a Nested-PCR e a PCR em Tempo Real. Além disso, para simplificar a coleta das amostras, foram comparadas extrações a partir de sangue total e sangue em papel de filtro, com volumes de 30 e 60μL de sangue em papel (n=70). Não houve diferença entre a PCR realizada com amostras de sangue total ou em papel de filtro. De relevância, todos os protocolos de PCR apresentaram limitações para detectar parasitemias abaixo de 100 parasitas/μL de sangue. Estes resultados, embora aparentemente contraditórios com a literatura, estão de acordo com os poucos estudos que avaliaram em amostras de campo a sensibilidade da PCR em função da densidade parasitária. De fato, em diversos protocolos a detecção da PCR é de <1 parasita/ μL de sangue, porém tal detecção tem sido baseada em amostras de DNA obtidas a partir de parasitos em cultura ou DNA plasmidial. Apesar destas limitações, em uma próxima etapa, optou-se por avaliar a técnica de PCR nos serviços de saúde dos municípios de Belo Horizonte e Uberlândia, no período de fevereiro a novembro de 2009. Neste período, 70 indivíduos com suspeita de infecção malárica procuraram os serviços, sendo 22 deles diagnosticados como positivos pela microscopia óptica. Em todos os indivíduos, positivos e negativos, os resultados da PCR concordaram com a MO, inclusive em relação à espécie de plasmódio. Neste grupo, as baixas parasitemias não foram freqüentes já que os pacientes que procuraram o serviço apresentavam altas parasitemias (>300 parasitas/μL de sangue). Para a maior parte dos indivíduos que retornaram aos serviços para verificação da cura parasitológica (11/13), a PCR concordou com a MO, sendo que em dois deles, a PCR permaneceu positiva enquanto a MO já havia negativado. Pode-se concluir que a PCR tem limitações para detecção de baixas parasitemias e recomenda-se cautela ao se estabelecer a PCR como ferramenta diagnóstica, já que a amplificação do DNA pode não significar doença clínica.
Keywords in Portuguese
Reação em CadeiaPolimerase
Diagnóstico
Malária
Serviços de saúde
Minas Gerais
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