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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34665
ESTUDO COMPARATIVO DE LONGEVOS DE DUAS POPULAÇÕES DE ETNIAS DISTINTAS: SALVADOR(BA) E VERANÓPOLIS(RS)
Correia, Marília Bastos Sampaio | Date Issued:
2002
Affilliation
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, Bahia, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil.
Abstract in Portuguese
O estudo da longevidade humana remonta à antiguidade, na tentativa de identificar fatores que retardariam o declínio funcional que acompanha o inexorável processo do envelhecimento. Estes chamados marcadores biológicos devem ser universais a todos os povos, tornando-se fundamental a comparação de populações de diferentes etnias e culturas. Comparar o perfil biopsicossocial de duas populações de longevos de origem italiana (Veranópolis/RS) e afro-americana (Salvador/BA), através da Avaliação Geriátrica Global e da análise bioquímica da glicemia e perfil lipídico, caracterizando prováveis marcadores de longevidade. Estudo descritivo, comparativo, e analftico de duas amostras de populações de idosos com oitenta anos ou mais baianos e gaúchos entre 1998 e 2001, através de entrevistas estruturadas para abordagem clínica, avaliação psíquica para depressão e demência, medida da capacidade funcional e análise bioquímica do colesterol e suas frações, triglicérides e glicose sanguíneas. O perfil clínico e psicossocial das duas populações foram equivalentes, assim como as médias de glicose sanguínea, pressão arterial sistólica e diastólica e índice de massa corporal. Não houve diferença na capacidade funcional das duas populações, sendo que a maioría dos longevos era independente para todas as Atividades de Vida Diária. Houve diferença estatística no perfil lipídico das duas populações, com maiores níveis de colesterol total e HDL colesterol nos longevos baianos. Os valores dos triglicérides não variaram estatisticamente. Dentre as prováveis variáveis associadas à longevidade, os níveis de colesterol s os mais heterogêneos, podendo não se constituir, isoladamente, como fator de risco cardiovascular após os oitenta anos. É possível que outras variáveis, a exemplo das Apoproteínas, a densidade das pequenas frações do LDL colesterol ou mecanismos imunológicos tenham um maior impacto no processo de aterogênese dos longevos.
Abstract
The study of human longevity remounts to the antiquity, in the attempt of identifying factors that would delay the functional decline that accompanies the relentless process of aging. These called biological markers should be universal the all the people, becoming fundamental the comparison of populations of different ethical features and cultures. Objective: To compare the biopsicossocial profile of two populations of oldest old of Italians (Veranópolis/RS) and of african- americans (Salvador/BA), through the Global Geriatric Assessment and of the biochemical analysis of the blood glucose and profile lipid, characterizing probable longevity markers. Methodology: Descriptive, comparative, and analytical study of two samples of seniors' populations with eighty years or more from Bahia and Rio Grande do Sul between 1998 and 2001, through structured interviews for clinical approach, psychic evaluation for depression and dementia, evaluation of the functional capacity and biochemical analysis of the cholesterol and their fractions, triglicerides and blood glucose. Results: The clinical and psicossocial profile of the two populations were equivalent, as well as the averages of blood glucose, systolic and diastolic blood pressure and corporal mass index. There was no difference in the
functional capacity of the two populations, and the majority of the elderly was independent for all of the Activities of Daily Life. There was a statistic difference in the lipid profile of the two populations, with larger levels of total cholesterol and HDL cholesterol in the elderly from Bahia. The triglicérides values didn't vary. Conclusions: Among the probable variables associated to longevity, the cholesterol levels are the most heterogeneous, and could not be constituted, separately, as factor of cardiovascular risk after the eighty years. It is possible that other variables, as Apoproteins, the density of the small fractions of the LDL cholesterol or immunological mechanisms have a larger impact in the process of atherogenesis of the old old.
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