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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3576
AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE À ATENÇÃO MÉDICA PRESTADA NO HOSPITAL MUNICIPAL JESUS-RJ
Aquino, Leda Amar de | Date Issued:
1996
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Abstract in Portuguese
Avalia a acessibilidade à atenção médica prestada no Hospital Municipal Jesus e sua adequação ao modelo assistencial enquanto "centro de referência" para a atenção secundária/terciária as crianças do Município do Rio de Janeiro, destacando fatores facilitadores e/ou barreiras observados na relação entre usuários e o hospital. Toma como base o modelo proposto por Klan e Bhardwaj, usa como estratégia de pesquisa o Estudo de Caso Único com 3 níveis de análise/explicação: a organização político-assistencial proposta para serviços de saúde, as características do HJE e as características da população que demanda o serviço. O estudo da organização político-assistencial foi realizado a partir de uma revisão da documentação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do RJ e da publicação da Lei Orgânica Federal da Saúde (1990). As características dos serviços foram estudadas através da documentação oficial do próprio hospital, da Observação da Triagem e da aplicação de instrumentos específicos para avaliação da estrutura de serviços de saúde ligados a atenção materno-infantil. As características dos usuários foram estudadas a partir de uma amostra de 185 crianças que foram incluídas e excluídas do serviço em julho de 95. Os resultados revelam que as propostas de organização político-assistencial da SMS/RJ são coerentes e até precursoras do modelo assistencial preconizado para o SUS, mas tornam-se inoperantes no HJE, dificultando a acessibilidade enquanto "centro de referência" de atenção secundária e terciária a criança do município do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense. Isto se dá sobretudo porque as características organizacionais do hospital favorecem e demanda espontânea, criando "barreiras" às crianças encaminhadas aos serviços especializados. Uma das principais barreiras de acesso ao serviço é a própria triagem, que ao invés do papel de racionalizadora da atenção médica, mostra-se inclusive incapaz de reconhecer a criança de risco, ou seja, aquela que necessita ser incluída no atendimento médico. Ao estudar as características dos usuários (que chegaram até o HJE) observa-se que eles foram capazes de transpor várias barreiras de acesso (geográfico, temporal, etc.) na busca da atenção médica do HJE. Com o objetivo de melhorar a acessibilidade são feitas recomendações no sentido de reformular a triagem priorizando a criança referida e obedecendo a critérios de risco infantil na tentativa de organizar um sistema de referência e contra-referência mais efetivo.
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