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ESTUDO DE PREVALÊNCIA DO HIV EM INDIVÍDUOS MONOINFECTADOS E COINFECTADOS COM O HBV E HCV E AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO PARA HEPATITES B E C EM AMOSTRAS DE SALIVA E SANGUE SECO EM PAPEL DE FILTRO
Flores, Geane Lopes | Date Issued:
2017
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A prevalência de coinfecção pelo HIV em indivíduos infectados pelo HBV e HCV é alta e pode levar maior morbidade e mortalidade. O uso de saliva e sangue seco em papel de filtro (SSPF) pode facilitar o acesso ao diagnóstico das hepatites virais em populações com pouco acesso ao sistema de saúde, em especial aqueles com baixa renda mensal. O objetivo principal deste estudo é determinar a prevalência de anticorpos anti-HIV em indivíduos infectados pelo HBV e HCV avaliar metodologias para diagnóstico do HBV e HCV em saliva e SSPF de acordo com a presença ou ausência da infecção pelo HIV. Um grupo de 126 pacientes HBV+ e 283 HCV+ forneceram amostras de soro para determinação da prevalência de anticorpos anti-HIV e responderam questionário para avaliação de fatores relacionados ao risco de infecção. Adicionalmente, seis grupos de indivíduos (HIV+, HCV+, HBV+, HIV/HCV+, HIV/HBV+ e controles negativos) foram incluídos para avaliação do desempenho dos testes de detecção do anti-HBs, HBsAg, anti-HBc e anti-HCV em SSPF e HBsAg, anti-HBc e anti-HCV em saliva. Foram empregados ensaios imunoezimáticos (EIE) comerciais adaptados para detecção dos marcadores citados em SSPF e saliva e os resultados foram comparados ao soro. As prevalências de anti-HIV foram 10,3% na população HBV+ e 4,59% em HCV+ e os fatores relacionados à infecção foram: estado civil, prática de sexo anal, história de infecção sexualmente transmissível, orientação sexual e número de parceiros sexuais A maioria da população recebia até um salário mínimo por mês e 30% de cada grupo tinha o ensino fundamental incompleto. O teste de detecção do anti-HCV em SSPF e saliva apresentou valores de especificidades variando de 81,7 a 100% e sensibilidades de 83,3 a 95,6% de acordo com o grupo estudados Levando em consideração apenas as amostras de HCV-RNA+ no soro de indivíduos HCV+, as sensibilidades aumentaram de 93,9 para 98,3% no SSPF e de 95 para 100% na saliva. Entre os HIV/HCV+, houve variação de 83,3% para 91,6% no SSPF e de 95,6 para 94,8% na saliva. A detecção de HBsAg na saliva e SSPF apresentou sensibilidades de 62% a 91% e especificidades de 77,5% a 99%. Já a detecção de anti-HBc em saliva e SSPF teve sensibilidades de 47 a 90,5% e especificidades de 86 a 100%. Baixas sensibilidades foram observadas para detecção do HBsAg (62%) e anti-HBc (47%) na saliva dos indivíduos coinfectados HIV/HBV+. Os valores de densidade ótica (DO) foram menores para a detecção de HBsAg em SSPF e saliva de indivíduos HIV/HBV+ em comparação com as respectivas de amostras de soro. A detecção de anti-HBs em SSPF teve valores de sensibilidades de 79,8% e 76,8% nos controles negativos e nos HIV+, respectivamente. A média de titulo de anti-HBs foi 401UI/ml no soro e 157UI/ml no SSPF dos indivíduos controle negativo e 137UI/ml no soro e 76UI/ml no SSPF dos indivíduos HIV+ Conclui-se que indivíduos infectados pelo HBV e HCV possuem alta prevalência de anti-HIV, baixo nível socioeconômico e apresentam comportamentos de risco para aquisição do HIV, principalmente práticas sexuais de risco. Programas de educação para prevenção de HIV devem ser adotados na população HBV+ e HCV+. A saliva e SSPF podem ser empregados para detecção do anti-HCV independente da presença do HIV, principalmente para identificar os indivíduos com infecção ativa pelo HCV. Os testes de detecção de HBsAg e anti-HBc em saliva e SSPF não apresentaram alta sensibilidade em indivíduos infectados pelo HIV não sendo recomendado seu uso diagnóstico nesta população. O SSPF pode ser utilizado na detecção e quantificação do anti- HBs para avaliar a imunidade para o HBV em indivíduos HIV+.
Abstract
HIV coinfection prevalence is high in individuals infected with HBV and HCV and may lead to increased morbidity and mortality. The use of saliva and dry blood spot (DBS) may facilitate the access to viral hepatitis diagnosis in populations with poor access to the health system, especially those with low monthly income. The main objective of this study is to determine the prevalence of anti-HIV antibodies in HBV and HCV infected individuals and to evaluate methods for diagnosis of HBV and HCV in saliva and DBS according to the presence or absence of HIV infection. A group of 126 HBV+ and 283 HCV+ patients provided serum samples to determine the prevalence of anti-HIV antibodies and answered a questionnaire to assess factors related to risk of infection. In addition, six groups of subjects (HIV+, HCV+, HBV+, HIV/HCV+,
HIV/HBV+ and negative controls) were included to evaluate the performance of anti-HBs, HBsAg, anti-HBc and anti-HCV detection in DBS and HBsAg, anti-HBc and anti-HCV detection in saliva. It was used optimized commercially enzyme immunoassays (EIA) to detect the markers cited in DBS and saliva and results were compared to serum. Anti-HIV prevalence was 10.3% in the HBV+ population and 4.59% in HCV+, and infection-related factors were: marital status, anal sex, sexual transmitted infection history, sexual orientation, and number of sexual partners. Most of population received up to one minimum wage per month and 30% of each group had incomplete elementary education. Anti-HCV detection test in DBS and saliva presented specificities varying from 81.7 to 100% and sensitivities from 83.3 to 95.6% according to the group studied. Considering only HCV-RNA+ serum samples in HCV+group, sensitivities increased from 93.9 to 98.3% in DBS and from 95 to 100% in saliva. Among HIV/HCV+, there was variation from 83.3% to 91.6% in DBS and from 95.6 to 94.8% in saliva. HBsAg detection in saliva and DBS showed sensitivities of 62% to 91% and specificities of 77.5% to 99%. Anti-
HBc detection in saliva and DBS had sensitivities of 47 to 90.5% and specificities of 86 to 100%. Low sensitivities were observed for HBsAg (62%) and anti-HBc (47%) in the saliva of HIV/HBV+ coinfected individuals. Optical density (OD) values were lower for HBsAg detection in DBS and saliva of HIV/HBV+ individuals compared to respective serum samples. Anti-HBs detection in DBS had sensitivities values of 79.8% and 76.8% in negative control and HIV+,
respectively. Mean of anti-HBs titers was 401UI/ml in serum and 157UI/ml in DBS of negative control subjects and 137UI/ml in serum and 76UI/ml in DBS in HIV+ individuals. It is concluded that individuals infected with HBV and HCV have a high prevalence of anti-HIV, low socioeconomic level and present risk behaviors for acquisition of HIV, mainly related to sexual risk practices. Educational programs to prevent HIV must be adopted in HBV+ and HCV+
population. Saliva and DBS can be used for the detection of anti-HCV regardless of the presence of HIV, mainly to identify individuals with HCV active infection. Tests for HBsAg and anti-HBc in saliva and DBS did not show high sensitivity in HIV-infected individuals and their diagnostic use in this population was not recommended. DBS can be used in the detection and quantification of anti-HBs to assess immunity to HBV in HIV+ individuals.
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