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Sustainable Development Goals
13 Ação contra a mudança global do climaCollections
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CRISE ECOLÓGICA E CONHECIMENTOS ALTERNATIVOS: CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS SIGNIFICATIVAS EM DIÁLOGO COM POVOS DOS CAMPOS E FLORESTAS
Crise civilizatória
Antropoceno
Capitaloceno
Ocidentaloceno
Desafio teórico-metodológico
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A crise ecológica reflete uma crise civilizatória mais ampla, que alguns autores denominam de “Antropoceno”, “Capitaloceno” ou “Ocidentaloceno”. Há um crescente divórcio entre sociedade moderna (capitalista e colonial), sua economia e ciência, com a natureza, a vida e a sociedade. Um desafio teórico-metodológico reside em como superar essa fragmentação. Discutir a crise ecológica a partir de relatos significativos e saberes alternativos produzidos por populações e movimentos sociais dos campos e florestas envolvidos em conflitos ambientais. O trabalho referencia-se nos campos e áreas da Saúde Coletiva, Ecologia Política, Saúde e Ambiente, Comunicação e Educação Popular. Além disso, incorporamos estudos sobre histórias da literatura oral e a Arte-Educação. Baseamo-nos empiricamente na realização de um documentário desenvolvido junto com o cineasta Silvio Tendler, no qual foram criados espaços para relatos feitos por lideranças da etnia Munduruku, quilombolas e camponesas. A ideia foi dinamizar o encontro de saberes científicos e não científicos para explorar e recuperar princípios, narrativas e experiências que apontem para novos paradigmas. Os relatos apontam alternativas e diálogos frutíferos. Na apresentação focaremos nas experiências recentes de convívio com o povo Munduruku, que vive às margens do rio Tapajós, no Pará, Brasil. Os relatos revelam saberes e outras possibilidades de relação com a natureza, o tempo, o trabalho, o viajar, a vida em comunidade, o convívio com as tecnologias modernas e a saúde. Também expressam o papel das histórias orais no resgate ético e criativo na produção de saberes. O convívio ativo entre histórias da tradição oral, as experiências e resistências dos povos indígenas, e as conversas com o que os Munduruku denominam “sábios brancos” representam alternativas de diálogo intercultural. Como estabelecer pontes entre a linguagem racional e científica com os saberes não científicos dos povos dos campos e florestas? Acreditamos que o diálogo intercultural, mais que um encontro ou ecologia de saberes, é também um encontro de sensibilidades e compromissos em torno de princípios éticos e políticos sobre a vida, a natureza, as relações sociais e interpessoais. Esse é o sentido de narrativas significativas que trabalhamos.
Keywords in Portuguese
Crise ecológicaCrise civilizatória
Antropoceno
Capitaloceno
Ocidentaloceno
Desafio teórico-metodológico
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