Nova formação em saúde pública e a Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública - RedEscola

Abstract

A proposta foi iniciada em 2015, com conclusão prevista para novembro de 2018. Concepção, construção e implementação de 10 cursos de especialização em saúde pública afinados aos novos desafios do SUS. Os objetivos da formação são redesenhar as bases da formação em saúde pública tendo as perspectivas do território como espaço de intervenção sanitárias e sociais. Além disso, objetivava prover as Escolas envolvidas de condições para o desenvolvimento de um novo ciclo de formação de sanitaristas. O curso foi desenvolvido coletivamente através de oficinas com a Redescola, docentes e pesquisadores da ENSP, que estabeleceram critérios para a escolha das 10 escolas participantes. Três perguntas orientaram as demais oficinas de trabalho: o que esperamos de um sanitarista no SUS hoje? que temas e questões são importantes para a formação de sanitaristas? que estratégias, metodologias e processos pedagógicos são necessários para essa formação? As avaliações obtidas pelos egressos e docentes apontam a superação da meta inicial de 300 alunos formados na primeira turma, com 306 alunos concluintes no total, com previsão de superar novamente a meta na segunda turma. Todas as escolas realizaram oficinas de formação docente. Além disso, o curso movimentou as instituições formadoras a articularem-se em rede e reafirmarem seus papéis como lócus privilegiado para a formação em saúde pública no país. O processo de concepção, desenvolvimento e implementação da formação evidenciou pontos de análises relevantes, entre entres: a lacuna na formação de sanitaristas, a necessidade da formação docente voltada às novas metodologias, reforçando a sinergia com as questões do território. 0 desafio presente a esses novos sanitaristas, foi, de fato, trazer de volta o velho espírito da Reforma Sanitária: a defesa incondicional do Sistema Único de Saúde. O grande número de inscritos, confirmou a demanda pela formação de sanitaristas, em detrimento da formação induzida por agentes financiadores nem sempre adequadas ás necessidades locais. O curso também demonstrou o potencial da atuação em rede, apontando este caminho como uma potente estratégia para a expansão da formação de novos sanitaristas afinados aos princípios do SUS para todas as regiões do Brasil.